escreve-me das marés, ou, se quiseres, das searas bordadas que depois saem do sangue
. Nem sempre era o que tu dizias. Nem sempre. E, talvez por isso, não me fales do anoitecer, n...

só por uma vez diz-me como a névoa se solta à noite desta queda escrita nos lutos
. Se eu hoje te visse talvez chamasse o mar, com um enxame em forma de lâmpada. Talvez. E ...

se assim quiseres lembrar-te-ei dos Novembros quentes somados ao anoitecer
. . Obriga os teus olhos a serem a foz destes eléctricos parados. Obriga-os. E enruga-me o ...

Nunca Me Lembro
. . Se por acaso te toco nos chás e nos dedos nunca me lembro de te abrir as janelas. Nunca, me...

Hoje a não ser noite diz-me o que se passou no frio regato das bóias azuis
. Nos regatos da tua nudez acho que os salmões arredondam os olmos que há muito vão à lu...

bebe-me: bebe-me hoje a lua com as rosas que estiveram azuis nos teus olhos
. Eu trocava sempre o incêndio dos olmos sentados quando te beijava. E às vezes era s...

Só tu me vês com os eléctricos brancos no meio do sol a destapar o sal bordado
. . . . Eu desarrumo-te rosas nos olhos. Eu desarrumo-te. E sempre bem com os regatos a mo...

Se os teus olhos recebessem ainda o mar como saberia eu sentar-me em casa com os cravos que têm vontade de voar?
. Não conheço sequer o linho dos quartos que passam por mim. Não conheço sequer o que eles...

Pus-te sentada. Pus-te sentada nas harpas lunares do arrependimento eterno
. . Pus-te sentada nas flores de cera que quiseram abandonar as harpas douradas dos regatos ...

Hoje quando começar o dia há-de haver um rio que me marque a fogueira dos teus cardos dourados.
. . Hei-de esperar por ti nas Óperas que bordam. Nas Óperas que muito tempo levam a espalha...