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tá vendo aquele rio
era o Rio da Molecada
hoje esgoto a céu aberto
não sei ao certo
...
como eu
envelheceu
em minha andança
visão que se apaga
mas no rio
- eu e nós nele nadamos
- manos
e o futuro
é a corda desgastada
uma bela e ingênua gravura
dum passado nada obscuro
:
água pura
límpida conjectura
do lado de cá do muro
me vem nesta reflexão
mergulhos e piruetas
bambolê e risadas
- distração -
numa retroimagem
n'água embalada
em braçadas lentas
vou nadando
ao que me foi eterno
o Rio da Molecada
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Rehgge Camargo_________________________________
"o poeta absorve, filtra e exala."