
Rascunhos estilhaçados de poemas inacabados
Rascunhar teu corpo no mapa
exalando poemas inacabados
a meio a tempestade
que aprendi a ficar no centro
de forma misturando tintas azuis e vermelha
escorrendo e transbordando pelas veias
...e artérias de um coração fragmentado
no espelho da vida...
...
vivificando cada momento imensidade
pintado a óleo n'um quadro emadeirado
na parede da mente curvada ao sacro
devido as terríveis dores de maio's.
...
vestindo solidão-ilusão notívaga
de uma quietude primaveril sem pressa
vibrando o aroma do perfume
que provêm das lembranças
arquivadas na memória da pele
...Nas dobras esguias do teu corpo
reluzente de amor sempiterno ...
...
Feito folhas ao vento o vai e vem da árvore
provocam pensamentos viciados em ti
providos da clausura de Visconde Laguna
largada ao leo do tempo e do vento...
...
Nosso castelo construído de flores
na floresta encantada d'onde habitavam
sementes germinadas de paixão sem limite
... sem censura degustados na âsia
...do querer
e do ter...
Hoje trago no peito um querer suprimido.
...
... um querer que já não pode...
mas, com a sensação de ter tido intenso e imenso vangloriado pela saudade eterna...
Mesmo que a magia emocionalmente perdida
tenha sido destruída na calçada da fama...
...
pois, nosso amor foi vivido no ápice
...e também a dor que dilacerou o coração
nas lágrimas furtivas navalhadas pela lapidação
do diamante de primeira água...
Escrevinho esses rascunhos estilhaçados
do que de fato tenha ocorrido
numa vestimenta d'onde o luto impera demonstrando assim em 200mil letras garrafais
... o que restou de um amor freneticamente
contido nas linhas da poesia que escrevo
e me escravizo com o que foi o melhor de nós
na amazônida forma
de ser...
... de ter
e manter-se
no escrínio vivo e inesquecível
desenhado nas entranhas do tempo
e não no mesmo espaço quedado...
...
Em nosso final de tarde desacordado
no funeral gélido das cordas azuis
tocadas por uma marcha fúnebre.
Ray Nascimento
Ray Nascimento
éh assim que chamam
minha Raynha.
A ela chamo de MÃE
minha vida
nem mesmo
sei se eh minha
eh por ela que eu vivo
motivo da minha alegr...