Sonetos : 

Tu que comigo te sentas, repara

 
Tu que comigo te sentas, repara,
Toma esta mão que te afaga e te embala,
Sente o pulsar da força que te ampara,
Que os cosmos vivem todos nesta sala.

Faço desta divina pena vara,
Que o mar, a terra, o vento, tudo cala,
Mais forte que o amor que não se amara,
Tão gritado no silvo de uma bala.

E quão poderoso me sinto aqui,
Entregue aos versos, meus filhos e pais,
Que me esvaio na tinta dos meus ais…

Tudo em mim são pedaços desiguais,
Que lutam desde o tempo em que nasci,
Só para serem isto que escrevi.

01 de Junho de 2009

 
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ViriatoSamora
 
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Enviado por Tópico
iLA
Publicado: 28/06/2025 23:43  Atualizado: 28/06/2025 23:44
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 Re: Tu que comigo te sentas, repara🌻
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"E quão poderoso me sinto aqui,
Entregue aos versos, meus filhos e pais,
Que me esvaio na tinta dos meus ais…"




Penso que esse parágrafo é um momento de introspecção e reflexão profunda no soneto.

O poeta se sente poderoso ao escrever, como se os versos fossem uma extensão de si mesmo.

A imagem dos "filhos e pais" sugere uma conexão com a tradição e a herança, mas também com a ideia de que a arte é uma forma de legado.


iLA 🌻