Régio, por quem és, por onde vais?
Vou contigo por aí, ambos perdidos,
Já trepámos cem serras, talvez mais,
Quanto mais subo, menos me elucido.
Belo teu casarão, com seus umbrais,
Calíope oiço da rua em gemidos,
Trazidos nos lombos dos vendavais,
Feitos poemas de versos nunca lidos.
Minha alma embriagada à voz do cântico,
Dá-se tanto ao divino como ao dântico,
Brutal e sozinha, tudo temendo…
Apresento-me mareado do Atlântico,
À Bela Vista, vendo o sol morrendo,
Dizer-me baixinho: Como eu te entendo…
28 de Agosto de 2010