No mar de lágrimas que não chorei
Nos desejos sinceros que não realizei
Mora algo que não sei dizer a forma
Demora algo que não sei se vai embora
No som do vento que não consigo ver
Nas sombras que habitam meu ser
Insiste um desespero que não para
Existe um silêncio que não cala
Difícil transformar em palavra
O início e o fim; protege e ataca
Algo como a melancolia-casa
A alma naturalmente se aproxima
E afasta...
Tal como o outono em meu olhar,
Levo a vida e a morte pra onde vou.
A lua segue sendo meu sol e ar
E meu pássaro, um que não voou..