Procura-se impossível criatura,
Submersa no pântano da peçonha,
Que a moldou na sua forma mais pura,
E fê-la larva nojenta e medonha.
Só vive em deslealdade tristonha,
Escondida é tão cobarde e insegura,
Teme qualquer penedo onde se ponha,
Mirando os feitos da doida bravura.
Para engrandecer já tão grande achado,
E retocar as cores da alegria,
Como em pálidas feições de defuntos…
Espalhem-se olhares por todo o lado!
Saquem-se fachos às trevas do dia!
E escrevam-se prosas doutros assuntos.
04 de Maio de 2010