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CIRANDA ECOLOGIA...PARTICIPE

 
OLÁ AMIGOS!

Nosso Planeta tem sofrido todo tipo e ação pelo homem.
Não é exagero dizer que nosso planeta está doente.
Desmatamento, efeito estufa, aquecimento global,
caça e pesca predatórias, degradação do meio ambiente,
exploração desordenada dos recursos naturais.
A INCAPAZ, seguindo o curso de suas propostas ,
vem convidar a todos a darem as mãos nesta ciranda em defesa
do planeta em que vivemos, de sua fauna, sua flora, dos recursos hídricos
e do próprio ser humano, predador de si mesmo.
Abrimos propositalmente o leque para que cada um fale de suas preocupações com nosso planeta.
Enviem seus textos, verso ou prosa, diretamente para:
anjo.loyro@gmail.com
Como já sabem TODOS são bem vindos a esta ciranda
a ciranda será hospedada no nosso site:
http://incapaz.mywebcommunity.org/

Participantes até o momento
1- Jorge Linhaça; 2- Luiza Porto; 3- Margareth Pelicano; 4- Margareth Pelicano; 5- Mario Osny Rosa;6- Augusto Donozetti; 7- Maria Luiza Bonini; 8- Luana Buzim; 9- Yasutomo Susuki;10-Agostinho Viana; 11- Pamela Viana; 12- Ademir Ribeiro da Silva13- Osmar Dias Silveira; 14-IsaMachado;15- Marques Branquinho JR; 16- Marise Ribeiro; 17- Nidia Vargas; 18- Ligia Antunes Leivas ; 19- Rosenna; 20- Branca Fagundes de Lima; 21- Valéria Nascimento

*****



1
NOSSO PLANETA
Jorge Linhaça

Que coisa feia menino!
Que coisa feia menina!
Você aí assistindo
Ao planeta poluindo
Sem fazer nem uma rima.

É tanto lixo no mar
Tanta mata devastada
Tanta impureza no ar
Tanta gente a se calar
Fingindo que não vê nada.

Tanta fauna e tanta flora
Perecendo nas queimadas
Nos casacos das senhoras
( Um tal de mata e esfola)
A pele da bicharada .

E nossa casa, coitada,
Desmorona a cada dia
Em cada rua asfaltada
impermeabilizada
Mais um problema se cria

Aquecimento global?
O que mais você queria?
O homem irracional
Buscando o vil metal
Mata a terra todo dia.

Que se dane o futuro!
Até lá eu já morri!
Fala assim o queixo duro
(Em seu egoísmo puro)
E das desgraças sorri.

Tem gente até trabalhando
Com garra e seriedade
Mas tem gente só usando
A faixa e aproveitando
Pra ter popularidade.

Cada um é responsável
Por fazer o seu quinhão
Tornar o mundo agradável
E ao menos habitável
Pra próxima geração

Não desmate, não agrida
A natureza num todo
Respeite as formas de vida
E à água tão querida
não transforme em sujo lodo.

Vem conosco nesta luta
Vamos juntos dar as mãos
Já chega de tolas disputas
Pois quem as forças ajunta
Sinergiza a união.

Façamos uma corrente
Cada qual do seu jeitinho
Uma corrente pra frente
pois unidos certamente
podemos mais que sozinhos.

*****
2
LAMENTO DA ARVORE
Luiza Porto

Escutem meu lamento.
Estou morrendo...
Cala a voz e a alma,
difícil suportar
as dores da revolta.

Nem flores e frutos
carrego mais...
Seca e só, onde antes
uma floresta verde e
exuberante se apresentava.

Queimaram todas...Em vida.
triste sina, a fauna fugiu
ou foi queimada junto...Comigo.

O trinar dos pássaros, rugidos.
Não escuto mais o som da vida
a minha volta.
O único som agora,
são as moto-serras fazendo
a limpeza final.

Onde irá parar a maldade
dos homens.
Continuarei de pé
sou guerreira, força, altaneira
até tombar em um ultimo suspiro.

***
3
BEM AVENTURADOS OS SIMPLES
Margaret Pelicano

Sapateiam os pingüins para esquecer a fome,
alteraram sua cadeia alimentar!
Predador, o terrível homem,
faz aos animais chorar!

Matam os gorilas nas selvas africanas:
mais fácil destruir o lar
exterminar os seres
e depois...a selva incendiar!

O facão aos orangantangos consome!
Os gritos ainda se ouvem pelo ar!
Planta-se dendê, depois da mata queimada,
As árvores nativas são dizimadas!

África, Ázia, Amazônia...
A peste da ganância a tudo consome!
O planeta urra com sua pele arrancada!
Choram os sobreviventes no meio do nada...

Os transgênicos modificam o DNA
uns dizem: a fome vai acabar!
Outros morrem pela alergia
que a mudança há de causar...

E assim, dando uma de semideus
o homem vai se impondo, cada vez mais ateu,
desolando, desertificando...maldade!
Assolam o planeta de crueldade!

Triste e inglória verdade!
Enquanto houver um ser vivente
o ser mais consciente
destruirá de forma inconsequente!

Bem aventurados os simples,
os de bom e macio coração,
que não almejam riquezas vãs
e que tem corpo e alma sã!

Brasília - 03/11/2008

*****
4

PRECE DA VIDA
Margaret Pelicano

Façamos nossa parte, sempre!
Se for doloroso passado, vamos corrigi-lo!
Se for presente, partamos para a ação benévola!
Se for futuro, planejar é um bem!

Ao fazer nossas caminhadas aproveitemos o tempo:
recolher o que está poluindo o meio ambiente
refrigera o olhar, a existência engrena!
O Planeta agradece e consente!

Economisemos papel:
menos celulose, mais árvores nativas,
mais variedades, mais belezas,
mais pássaros, mais cânticos, mais vida!...

Economizemos energia:
menos rios desviados,mais peixes,
mais piracema, mais saúde!
Assim, a vida não gangrena!

Economizemos água!
Ela é vida abundante!
É o Direito de viver de todos os seres criados,
nos lugares ajustados pelo Pai!

A água é viva, vamos protegê-la!
O ar é vivo, vamos mantê-lo puro!
As matas são vivas, defendamo-las!
Os animais são sensíveis, amemo-los!

Respeitar todas as coisas dos céus e da terra
-eis o objetivo final!
Manter tudo limpo e organizado é o mundo ideal!

Façamos nossa parte sempre!
O planeta agradece e consente!
Não esperemos o outro fazer!
Qualquer que seja a tarefa, trabalhemos!

Brasília - 07/11/2008

****
5

COMO MATAR A ECOLOGIA


Mário Osny Rosa


Este belo planeta

Por muitos é odiado.

Que segura esta peta

É muito maltratado.


Lá com os seus desertos

Logo outros vem vindos.

Pois isto já é certo

Nem seriam já benvindos..


Só pensam no momento

Tudo sendo logo a desvastar.

Este grande lamento

No futuro o que vai restar.


A ganância do poder

O que vai mesmo sobrar.

Para depois oferecer

O povo um dia sonhar.


Com esta pobre mentalidade

Só pensando na riqueza.

Nesta louca sociedade

Que já mata a pobreza.


São José/SC, 3 de novembro de 2008.

www.mario.poetasadvogados.com.br

www.poetasadvogados.com.br

6

A casa padecia
analfabeta
interrompida
numa doença imperceptível
sangrenta
no pó
da grave cegueira
à sombra
das nuances descoradas
de mortas estrelas.

Augusto Donizete

7

Meu nome é Poluição





Uso da água potável

para lavar o chão

A água não é descartável

Não venha agora com essa história, não!



Uso a floresta para plantar

são árvores de eucalípto

e não vou reflorestar

Não venha agora com esta de atrapalhar



Uso a energia elétrica

como melhor me provem

Sou muito eclética

Uso e abuso, a eletricitade me convem



Lanço os detritos nos rios

Eles que tomem seu curso

Não sinto, por fazer isso, nenhum brio

Foi isso que aprendi em meu percurso



Aos animais infernais

Prendo, mato ou ainda, vendo

Tenho lucros fenomenais

Parar pra que? não entendo ...



Trabalho muito, devastando

mato o que não me interessa

Não ouço os que ficam lamentando

Para enriquecer, eu tenho pressa



Fui batisada com um nome estranho

Tenho dele orgulho, pois vivo da ambição

É um nome desprezível , por tacanho

Sou daninha, filha da Profanação

Meu nome é Poluição



Maria Luiza Bonini

8

Árvores são derrubadas,
florestas inteiras queimadas
a negra fumaça sobe...e cheira!
odor de futuro sem eira nem beira!

Luana Buzin

9

Olá! Você não vai estender sua mão para mim?
Eu sou tudo aquilo que você pode ou não ver.
Sou o ar que você respira, o alimento que sustenta
A essência que te nutre desde o seu nascimento.

Eu nunca te pedi nada, sou uma amiga silenciosa
formamos um todo, você é unha e eu sou a carne
você nunca está solitário, sou o sol e a sombra
a escuridão da noite ou o vento que toca sua face.

Por mais que você queira me cegar, eu ainda te vejo
a queimar nossos jardins, a secar as águas dos rios
a matar nossos filhos com fome e sede...doentes
e como ladrão sorrateiro levando o meu coração.

Você não vai estender sua mão para mim?
Sou a semente que lentamente no chão vai secando
sou a luz que te ilumina mas que está se apagando
na tristeza de ver você junto de mim, morrendo também.


Yasutomo Suzuki

10

Nas esquinas doentes da mente
as palavras conspiram e assaltam
saem para fora, pelas nossas mãos
para o mundo numa cruel destruição.

É preciso que algo aconteça
na plenitude do nosso próprio eu
é necessário que ainda se convença
da estupidez a que nos acometemos.

Coisas que todos nós compreendemos
por mais bossais que sejam os pensamentos
mas nos deixamos espelhar na mediocridade
que a este planeta extraordinário, condena.

Agita, agita uma bandeira qualquer
não importa quantas partículas alheias
importa sim que átomos se condensem
para que toda a poeira se choque e valha a pena.

Agostinho Viana

11

O Eco do Fim
Pamela Viana


Dentro e fora , apenas sombras cinzentas
deixo o palco desbotado e rumo a outro
em busca de algo mais útil, algo novo
e o meu rosto se volta para o chão.
O tempo não pára, os ponteiros giram
as mudanças não são mantidas,
tudo se transforma
nada é nulo, ou é bem ou mal..
Não espere, o fim dos tempos está próximo
dia após dia, noites se passaram
foram apenas noites pelo destino marcadas,
Nada se salva, nada se grava no coração
os espíritos se perdem
choram ao relento
solitários na luxúria,
na estrada poeirenta
Caminhos solitários onde todos caminham
e ninguém se vê.
As dores dominam
os corações enferrujados,
ninguém tem piedade de ninguém,
é ira sobre ira
guerra contra o grão.
Os sons que rasgam é da lágrima derramada
é da ferida!
honras? Os dirigentes seguem
não há nada em suas essências,
carregam nos dois lados da navalha
a mentira, a hipocrisia
E o eco do Éden vai morrendo...
ad infinitum
ad nauseam...
decepado
moribundo

12

Sem norte

A morte lenta se insinua
o rumor calado das aves
sem nenhum ninho
sem árvores
Mãos que um dia foram afago
endurecidas na profundidade
no leito seco de um rio já desabitado
sequer uma estrela
naquela outrora constelação
nem cachoeiras ou albatrozes
nada na boca do homem
apenas a fome
a miséria
contraindo-se o corpo
no flagelo
no silêncio
na falta de luz
na inexistência.

Ademir Ribeiro da Silva

13

Planeta Dor
Osmar Dias Silveira


Na infinitude do universo
os recursos se tornam escassos
florestas são queimadas
sobre solos em humana erosão
poços estão secando
sob a poeira soprada no ar poluído.

Árvores, brutalmente arrancadas
minérios empobrecidos
enquanto rios recebem
tudo aquilo que do homem é excretado.

A terra está submergindo...
os mares estão subindo!

Em breve seremos,
um planeta espoliado.

14

O Futuro
IsaMachado

O que o futuro nos reserva?
Campos minados e carros de guerra
terras improdutivas e desertas
belezas naturais totalmente destruídas

Talvez as crianças não apreciem
o esplendor de um pôr-de-sol
no final de mais um dia.

Talvez elas nunca saibam
o que é caminhar por uma floresta
e sentir o perfume que exalava dela.

Eu sei que hoje eu ainda posso
agir para modificar alguma coisa
mas se eu continuar inerte
quando o hoje se tornar ontem
verei apenas um vazio poço.

15

Quem Sabe?
Marques Branquinho Jr.


Pode ser que a chuva desmaie em algum lugar
e o vento abrande com outra suavidade o lagar
pode ser que o caminho por um momento reverdeça
pode ser... que o destino tracejado se reverta.


Quiçá amanhã a história relate outro luar
quando a noite entrelaçada com o azul do mar
traga à praia sobreviventes incontáveis
e passeiem sobre as ondas tesouros inestimáveis.

Talvez, quem sabe no barulho das águas do rio
o bebericar dos animais se confunda com o anil
e o silêncio abrace o sol, abençoando um novo dia
Quem sabe? Depende de nós que se perpetue a vida.

16
Água – Preservar é Preciso



Marise Ribeiro



Queremos em coro gritar por socorro,

Acordar a humanidade indiferente,

Usar a nossa força através da poesia,

Num clamor sério e inteligente.



Maior riqueza existente na natureza,

A água é fonte de vida e de energia.

O homem com a degradação do ambiente,

Transformará a Terra num deserto sem valia.



A propagação de elementos químicos na atmosfera

Que provoca a chamada chuva ácida e o estio,

O lixo não biodegradável que a poluição acelera

E o assoreamento irresponsável de lagos e rios...



São atitudes como estas que devemos evitar

Com campanhas educativas e boa legislação,

Punindo severamente aquele que deteriorar

O maior patrimônio mineral da civilização.



Se Deus na sua infinita sabedoria

Fez-nos em proporção de água igual à da Terra,

Com a desertificação que ocorre em demasia,

O ciclo da vida neste Mundo um dia ainda se encerra.


www.mariseribeiro.com


17
A PEQUENINA ÁRVORE!
Nídia Vargas Potsch

Pequenina, retorcida,
como mágoas da vida,
ou retrato da salidão,
talvez ainda rebento,
aguardando o florescer ...

É humilde, sim,
com sombra pouca,
ainda sem flores ou frutos maduros
mas que conforta e agasalha
a aridez dos caminhos ...

E como os designios de Deus,
veio para nos ensinar Amor,
para retratar a consciência
do Universo Solidário,
da Não Devastação,
principalmente do resultado da Poluição,
para nos proteger da dor, do desamor
e afirmar pra Vida do que é capaz ...

Pequenino ser
prêmio maior da mãe Natureza
a nos trazer luz e paz ...

***
18
Tão simples... tão cruel!

Todos os dias ele aperecia. Não sei bem se era o mesmo. Não sabia fazer essa identificação. Ele me encantava! Quando ele chegava e parava ali um pouquinho, me parecia que o mundo parava para se feliz! E eu, feliz com ele!
Tantas foram as vezes, que até me habituei a esperá-lo. Tínhamos encontro marcado!
Será que ele também me conhecia?

Assim foi por muito tempo.

Houve um dia em que ele demorou a chegar. Estranhei. Achei que ele não viria mais. Mas procurei me desligar do fato.
Segui minhas atividades diárias. Fui para o trabalho.

Quando voltei para casa, já um tanto cansada, entrei rapidamente no jardim e senti que havia pisado em alguma coisa... era ele... o passarinho... tinha um chiclete atravessado na goela.

Talvez alguém menos avisado, menos informado, atirara aquela 'borracha' em algum lugar onde meu companheirinho pôde chegar... e terminou. Sua vida parou ali.
Triste... sei que é triste... mas quantos passarinhos estão desparecendo em conseqüência desse descuido: um simples chiclete jogado em qualquer lugar...

Salvemos os pássaros!!! Por Deus, salvemo-los!!!!

Não atire o chiclete sem antes enrolá-lo em algum papel, para só depois, então, jogá-lo no lixo.

A NATUREZA AGRADECE ! ! !

A HUMANIDADE TAMBÉM ! ! !

Lígia Antunes Leivas

Pelotas, RS

19

TERRA
Rosenna

Mãe natureza...que pródiga pariste
dirigida pela mão de Deus...
como boa mãe a este planeta chamado Terra lhe diste...
Filhos de diferentes espécies,
Flora e Fauna...
hoje indefesos...que da pouco
se foram transformando em...
árvores devastadas,
mutiladas...
animais perseguidos...
extinguidos.
Água e ar, contaminados,
por mãos... humanas?
Filhos de outra espécie,
cortando...
matando...
contaminando...
povoando esta terra de ambição e poder...
esse mesmo que depreda semeando
miséria, destruição e dor.
Terra que hoje mostras tuas chagas
em terra hirta..
e em águas que alguma vez foram claras,
hoje pedes a gritos...

TOMEM CONSCIÊNCIA!!..

Rosenna
Buenos Aires-Argentina
www.rosenna.com


20
RAÇA EXTINTA
Branca Fagundes de Lima


Dez milhões de espécies no planeta
um quarto deles ameaçados de extinção
quando todo dia, no mundo inteiro
desaparecem os seres na total destruição.

Atividades desenfreadas ameaçam o ecossistema
traficantes unidos ao rico mercado modernista
vendem ossos, pele, carne e olhos de animais
sem respeitar a natureza, numa louca ambição.

Ao longo dos anos o ser humano acelera o passo
e se torna dentre todos, o principal agente culpado
fazendo mau uso do que a natureza lhe oferece
gerando a extinção da sua própria espécie.

21
A torneira aberta
Valéria Nascimento

Há uma torneira bem lá, que vaza
a água escorre e se perde na terra
cada gota é uma gota que na conta
que realmente importa, se subtrai.

A água desce pelo ralo rapidamente
enquanto o espelho reflete os dentes
a água em abundância corre aos pés
e o sabão desliza pelo corpo suavemente.

Quanto custa fechar um pouco a torneira?
Basta pensar em toda a água perdida
aquela água fresca que está na garrafa
quando o restante que sobra, se joga fora.


 
Autor
Jorge Linhaça
 
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1978
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