Sonetos : 

da conquista

 
paulo monteiro

encontrei o teu corpo numa esquina
entre pentes pulseiras na anarquia
organizada da barraca fina
que um camelô qualquer me oferecia

eras um vidro de perfume a sina
zomba de nós às vezes todo dia
quando a lei do provável ilumina
e levei-te comigo na alegria

com que colombo viu o mundo novo
ou fez parar um ovo sobre a mesa
e meu conhecimento foi profundo

na superfície cognoscível tesa
até que te quebrei com ódio fundo
num dia de certeza e de incerteza


poeta brasileiro da geração do mimeógrafo pertence a diversas entidades culturais do brasil e do exterior estudioso de história é autor de centenas de artigos e ensaios sobre temas culturais literários e históricos

 
Autor
PAULOMONTEIRO
 
Texto
Data
Leituras
934
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/02/2009 12:31  Atualizado: 04/02/2009 12:32
 Re: da conquista
GOSTO DE VER COMO A HOMENAGEM Á LÍRICA DA POESIA ANTERIOR TODA LIDA E A SUA FUNÇÃO NO MUNDO. PORTANTO VERTENDO O PERFUME NO ANTERIOR PARA O POSTERIOR.
É UMA VERDADE O QUERERMOS FUGIR DE NÓS E NÃO SAIRMOS DA REALIDADE DE O CONTINUARMOS.
É UM GRANDE PASSO DE VER NO MUNDO.
TAMBÉM ACERCA DO MUNDO E DO SEU FECUNDO TEMPO. QUANTO MAIS PERTO ESTAMOS MAIS LONGE POIS CADA UM É INDIVÍDUO.
UM ABRAÇO DE SEMPRE.