Poemas, frases e mensagens de neon

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de neon

Terror

 
Aquilo que me dá o voo,
Quer cobrar preço pelo aluguel da liberdade
Aquilo que me dá liberdade,
Quer me sabotar e escravizar

São trevas,que tentam encobrir o nascimento da luz
Luz,meu espírito,indomável como corsel
Descansando na profunda calma do desespero
Como aquele a quem às águas da maré tentam devorar
Quer seja por amor,quer seja por egoísmo
Mas nunca que cairei sem antes pelejar

Mente,naturalmente traiçoeira
Corpo,forte como a força da mente
Que enfraquece na proporcionalidade em que a sanidade se esvai
Já não mais amo,já não mais odeio
Simplesmente como o vento enfureço em furacão
E como a tempestade propago o terror ao fraco de coração

A frieza que sente em minhas mãos
E o suor frio que escorre pelo tremor de minha carne
Não te assustes,eu os conheço,são os fantasmas da minha escuridão
Vieram estender o tapete da glória para a senhora da minha morte
Esta me persegue há quase vinte genuínos anos
Macabra,brinca com meu pavor sorrindo e me tortura por quanto nunca diz se veio a brincar ou se veio a me arrematar

Não queira ler meus pensamentos
Tentando com teu olhar penetrar as portas de minha mente
Eis que não conseguirá ver este desconhecido
Pois está protegido...de certo não saberia lidar...

As palavras já escorrem como o veneno,
A sabedoria da tola serpente que a si própria resolveu envenenar
Já não é tão fácil,já não é tão simples
Viver a realidade que só faz a se complicar...
 
Terror

Som de liberdade

 
Som de liberdade
Que escorre por meu violão
Este coração, que preso estava
Por um carcereiro chamado amor

Eis que roda o mundo
Posso ver sua grandeza e falta de plenitude
Dentro de minhas limitações
Porém, festejo e festejo

Essência voltou a temperar-me
De aventura e paixão
Poemas fluem de minha alma
E sorrisos de meu coração

Com a dor,amadureça
Com a solidão,cresça
Com a decepção,aprenda
Enxergue e tão somente enxergue

Flua com o vento,
Navegue com o tempo
A vida é curta e longa...
Brinde com a dualidade
 
Som de liberdade

Senhor ao contrário

 
Do contra,
A gente se encontra e desencontra
Como as ondas,que vão e veem
Oscilando mais que pisca pisca de trêm

Em discussões, não defendemos estilos
E sim visões parciais dependentes
De ocasião, humor, posição
Nada muito transparente

Mas, te amo e te odeio,
Reclamo da tua presença,
Mas é a ti que mais quero
A meu lado, pra sempre e nem sempre

Jamais seremos exatos,
Somos humanos, seres falhos
Que complicam o simples
E tentam simplificar o que é complicado
 
Senhor ao contrário

Obviedades

 
Sangue que tinge uma nota de duzentos
Derramam-se vidas em altares por dinheiro
Fenômeno rotineiro,mais óbvio que a própria realidade
Criticada por filósofos e sábios desde os tempos da antiguidade

Não existem mocinhos, pois todos são vilões
Tudo se resume a interesses e poder
Habilidosos desde os cabelos até o brilho dos sapatos
Palavras que incendeiam os corações
Dos mais fracos, desesperados
Iludidos idólatras a espera de um redentor
A endeusar qualquer aproveitador

Nos fazem derramar lágrimas
Apenas para nos venderem lenços
Do caos tiram o seu sustento
Assim o foi, e assim o sempre será
Não há esperança para este lugar

Olhemos a história, das guerras somos filhos
Um morre, o outro mata e outro manda matar
Pintadas são as terras de sangue, e por lágrimas são regadas
Um povo destrói o outro, o assimila, o escraviza
E não para até que contados estejam os seus dias

Inevitável humanidade, hipócrita humanidade
Tem orgasmos diante da crueldade
Triste humanidade, quebrada humanidade
Morrerá pela espada da própria vaidade
 
Obviedades

Reis cegos

 
Eis que,nascido do fantasma da sabedoria
De poucos,tão sábios e tolos
Me proponho a lhe ceifar
Vossa arma e escudo,vulgo,capacidade de raciocinar

Minhas asas admiraram,
Meu olhar temeram,
Minha voz ecoava por todo reino
Cântigos sobre bravura em meu nome Entoados eram
Cântigos sobre conquista,riqueza e sangue

Ali estava,com onipresença
Meus olhos se faziam atráves de servos fiéis e bajuladores
Peões,peões descartavéis...
Que jaz a morte a sua porta clamando por sua inutilidade
Nascidos para me servir até a morte
Que não seja eu teu algoz
Para que por ventura,não deixe este mundo com o mais tóxico ódio

Porém,minha altivez e orgulho trouxeram tremor
E contra mim se levantaram inimigos,
Fracos,um após outro permaneciam caindo
De mesmo modo,em mim crescia minha limitação
Meu orgulho...

O povo me temia,mas já não amava
Meus leais,voltaram a si próprios sua lealdade
Meus sábios,contra mim a sua sabedoria
Até que a roleta da conveniência de mim se apartou
E todo Estado contra mim se mobilizou

Com uma flechada,recebi aviso
Meu orgulho ferido,sangrava e ali permaneceu até sua morte
Jazia morto um rei,nascia um misterioso viajante
De aparência esdrúxula,fruto da minha derrota
Menos um olho,braço e humanidade,ferido como um cão

Pus a me vagar e escrever,
Na certeza de que me tornei a caça da caça
Agora caçadora
Com a unica sorte de encontrar a mãe morte,
Para que me diga como um reflexo de minha própria agonia
Que nenhum homem está livre de ser mortal
 
Reis cegos

Paralelo confuso

 
Pequena casa, um simples lar
Não há castelo que seja melhor lugar
Vento que sopra e arrasta o perfume
Das rosas, árvores...trevas são aliundes

Apenas sinta o gosto da calmaria
É o sabor da simplicidade, beijo de maria
Pálpebras pesadas, precisa sonhar
Porque a maresia traz a vontade de descansar

Canto de sereia, é leve, é puro
Não carrega a ganância, a humana, o absurdo
Bom demais para não receber um preço agudo

Eis uma grande contradição no mundo
O simples possuí a nada, mas a tudo
O complicado possuí a tudo, mas a nada
 
Paralelo confuso

Barulho

 
Inferno urbano,
Barulho de carro, barulho de moto
Barulho de choro, barulho de tiro
Barulho de furadeira, barulho de grito
Perturbação...

Poluição, que sequestra a paz,
Sequestra a razão
Mata a luz, o princípio da educação
Que hoje se encontra em extinção

Não bastasse a visual,
Propagandas inúteis, de coisas inúteis
Agora também a audição tornou-se refém
Desse grande caos, chamado de organização

E que coisa mais insana,
Precisar de um barulho mais alto e contínuo
Pra conseguir conservar uma linha de raciocínio
Diante dessa crescente maldição
 
Barulho

Noite de papel

 
Deixei meu coração se molhar
Na chuva fria
Deixei meu coração se esfriar...
Pra onde foi?
Lesvaste o calor de meu olhar,
Parou o concerto do luar

As sombras que assolavam se foram,
Entretanto escuridão maior me assola
Quando um ladrão seu sorriso rouba,
Quando não tenho seu sorriso para me iluminar

As lágrimas rolavam dentro do seu peito,
E eu senti isso,eu vi isso,eu odiei isso
Eu sempre odeio isso
Odeio ser roubado

Do nada se fez a rosa,
E a rosa tornou o tudo no nada
Nunca te darei rosas,
Elas murcham,se matam,se fazem de mortas...

E quando voava para o céu do amor,
Minhas asas foram suprimidas
A cada lágrima que descia junto a chuva
Descia também uma pena
Até que voar tornou-se dificil,
Mas eu voo muito mais que a dificuldade

Que esta noite morra,
Que este dia se esconda,
Quero ver te outra vez,
Quero ver meu amanhã,
Quero te ver completa
Oh minha rainha
 
Noite de papel

Mestre dos ladrões

 
Deguste o vinho,
Mais caro que a vida de teu irmão
Enquanto tuas bombas explodem em longíqua terra
Surdez perante a sinfonia do desespero

Leviatã,o simplório ladrão
Não esconde o sangue em suas mãos
Os que enxergam,mas não possuem visão
Se põem a servir,festejar e ignorar

Teatro mágico da manipulação,
Com meias verdades e sorriso de charlatão
Puxam os fios dos bonecos de madeira
Que empalham a soberania da razão

Ao caos caminha,a passos de formiguinha
O amanhã morrerá,é o destino da situação
Não adianta procurar,este mundo não é a salvação
Fuja do rouba almas,ele é pai da perdição
 
Mestre dos ladrões

Vício

 
Vício,
Que te consome e não te satisfaz
Prazer da culpa
Que o tempo vai descascando
Poupo a pouco a alma esvaziando
Pra ela não reclamar

Vício,
A beleza da mentira não tão bela,
Uma espera àquilo
Que é destinado a preencher esse vazio
Mas que,por um inconveniente
Atemporal ou temporal,ainda não chegou

Vício,
A falta de amor que te fez moribundo,
Como um soldado condenado
Pelo egoísmo de alguém no campo de guerra
Que,conformado ao desespero
Escuta música na guerra em cifras de disparos

Vício,
Que te ama e te odeia
Com possessividade e egoísmo
Resumiu teu mundo ao próximo fardo
De saciar a sede do sentido da vida
A mais um copo de água turva

Vício,
Que te limita em uma coleira
E te trata como mascote
E destrói a tua humanidade
A serpente da inveja,
Um amigo que te leva pro buraco

Vício,
Aquele que te transforma numa casca vazia,
Aquele que tira a tua assência,
Aquele que só flerta com o teu pior,
Aquele que só te rouba,
Aquele que nada irá te acrescentar.
 
Vício

Dragão das Trevas

 
Dragão das trevas,
Da ganancia que se banha em sangue;
Do próprio sangue
Do ventre que a concebeu,ingrata filha
Que amaldiçoa a própria familia

Górgonas,
Que em sua própria podridão de átrios,
Em pedra transformaram
Por toda eternidade,
Dos poucos anos que as resta
A maldição se perpetuará

Besta da babilônia,
Que engana os céus,a terra e o ar
A minha fúria é sincera e justa, nunca se irá chafurdar
Em teu vinho de depravação,
Em tua luxúria que nunca te trará satisfação

Que o tempo seja a tua justiça,
E teus frutos a tua recompensa
Porque plantaste ódio,desafeto e tudo o que é fruto do inferno
Colherá lágrimas de sangue,
Oh existência mais vazia que imensidões de buracos negros
E mais perturbada de todos os sete infernos
 
Dragão das Trevas

Guerras e rumores de guerras

 
E essa cinza neblina,
Disseram que era poluição
É problema de clima, mas não esse
Feito pomba, foge a paz desse caos urbano
Quando vê mentiras e guerras chegando
Jovens morrendo e mães chorando

A música chegou ao fim
Liretalmente, ruídos, ruídos e estrondo de canhão
Mais tecnologia surgindo para matar invisíveis inimigos
E confirmar a falta de humanidade do ser humano
Numa época onde queremos ter cães, e não filhos
Quanto tempo até nos obrigarem a fabricar soldados

É sempre a mesma história sem final feliz
Em cima de corpos e sangue, eles apertam as mãos
Negociam terras e ouro, e sua vida vale menos que uma carreira
Do pó do chão, aterrando suas botas, e do deles, aterrando seu coração
Talvez seja tudo uma grande oferenda
Ao demônio que nos odeia

São sempre os mesmos loucos
Eles queimam profetas que falam de paz
E esmagam o espírito de liberdade do povo
Eles compram mais poder do caos
E sacrificam nossos filhos num altar com chifre de fuzil
No fim, nada levam daqui, e ainda queimam no inferno, triste fim
 
Guerras e rumores de guerras

Cacos

 
Formosa e bela, deverias ser minha
Não mais posso te dominar...não queres
Preferes ao feitor sujeitar-te
Recusaste a doce e ilusória idéia de amar
A um, e somente a um senhor...o bom senhor
E tornou-se um mero objeto de luxúria...azar

Fragmentaram-se os valores em desamores
O desapego, muitos amargores, dores
A alma que chora e deseja ser querida
Pelo seu animalesco desejo é impedida
Desimpedida, desinibida...os senhores a domaram a ser atrevida
E ela, desamparada, repete e faz o que lhe fora ordenada

Oh terra desolada, até quando conseguirás
Se adaptar, para resistir, e não se acabar
Até quando este ciclo de caos girará (e repetir-se-á)
Não mais depositarei minha esperança em tuas palavras
Nem porei meus lábios em teus lábios
E meu coração em tuas mãos

Nossos corpos se entrelaçam, mas não se possuem
É mera natureza primitiva, não há sincronia
Fragmentou-se entre vários amantes
Carregando deles suas frustrações, fraquezas e medos
"Tudo podeis fazer"- mentiram eles
Tantos anos se passaram, e não mais sabe o que fazer

Que não te enganem (não goste do engano)...não somos livres
Cativos, nossos corpos e almas
Entregues por nossa própria vaidade a um mundo de vaidades
Repetindo os mesmos erros todos os dias por gerações
Arrastamos esse mundo de ilusões
Que nos pesará na velhice, no arrependimento e no caixão...
 
Cacos

Apatia inflacionária

 
Descendo as ladeiras de um morro sombrio
Vejo jovens se drogando e sorrindo, dormindo
Anestesiados em seus próprios quadrados, quadros de pixels
Enquanto os vilões da história deleitam-se em lagosta e vinho
Pagos com o produto do furto do suor dos mais humildes
Cena triste, a realidade que deprime

Os contos das séries e novelas que corrompem neurônios
Cliques suprimiram a percepção de perceber o que é real e importa
Drogas a anestesiar qualquer sentido, algoritmo, repetido
Adestrar em servos fiéis para idolatrar mentirosos preguiçosos
Que falam o conveniente e praticam o inconveniente
Nenhum deles importam-se contigo, oh amigo

Outro dia de labuta surge para quem consegue labutar
Derramar o tempo de vida feito um tempero de comida
Para ser devorada por um conjunto de parasitas
Em um mecanismo projetado pelos que possuem a máquina de imprimir
E a todo o fruto de tua poupança destruir
O tempo que roubará o teu tempo e te dirá que só tens a ganhar

Terminada a descida, no caminho vejo caminhar um povo sofrido
Ausência de brilho no olhar e objetivo, cada vez mais ferido
Não compreende a verdade, e não cobra por verdade
Apáticos, por ensinamento, desde o início condicionados
E não, ou talvez tenhamos trilhado o melhor caminho
A nossa própria natureza é que comanda nosso destino

Clamo eu, apague esse cigarro de ilusões
Mesmo que eles se ponham a dizer ser bom
Eis teu vizinho,companheiro,não inimigo
Mesmo que ele tenha cabelo colorido, te digo
A fome é a mesma no estômago de um faminto
Eis a hora do despertar, jaz o mundo em desatino

A sofrer estou neste jogo sem regras ou destino
Manda o mais corrupto, obedece o mais justo e padece o bom
Não há verdade no poder humano
Tão somente a sujeição de muitos
Áqueles que tomam tudo a força, mentem e culpam fantasmas
 
Apatia inflacionária

Pai

 
Pai,
Afastai meu coração das trevas
Afastai minha mente do abismo
Afastai meus caminhos da morte

Pai,
Quero ser teu filho, contemplar a tua imensidão
Quão grande pode ser um Deus
Que criou o universo, terra, mar e céus

Tirou-me da condenação
Verdadeiro ouro era o sangue do teu Filho
Que por amor vidas comprou
Quanto vale uma vida?
Quanto vale uma ovelha perdida?

Ensina-me a amar,
Pois não sei o que é amor
Em teus pés, confesso, egoísta sou
Como amar sem nada esperar?
Como amar a quem me causa dor?

Eis que cedo vem, pra sempre será
O julgamento não tardará
E o crime será: a Luz veio ao mundo,
Mas os homens amaram as trevas,
Pois suas obras eram más

Por isso, temendo e tremendo
Clamo por tua misericórdia
Nasci na escuridão,
Mas se quiseres pode me iluminar
Santo Deus, venha salvar-me de mim
 
Pai

Amor?

 
Quando a senti,
O mundo parou,
A razão retrocedeu,
E os céus tornaram-se meus

Era um amor,
Era um devaneio,
Uma flor,um espinho,
Uma viagem...

Assustador sentir aqueles olhos
Penetrarem em minha alma
E me dominarem
Um novo sentido,um novo rumo

Entre tardes de amor
E noites de tesão
Era minha,e não era
Era verdade,e não era
Era realidade,e não era
Tudo era nada,e nada era tudo

Pensamentos se transformaram em palavras
Palavras em atitudes
O relógio, que pulsava junto a meu peito
Perdeu seu valor
Quando se ama tudo passa
Menos o amor

Até que a dúvida nasceu,
A fraqueza venceu,
A riqueza de sentimento faliu
Chorei lágrimas escuras
Porque não saiam de meus olhos
E da onde saiam,de meu coração,não havia luz

Foi ai que tudo morreu
A lua dos amantes se partiu
E os ventos levaram a tudo menos eu
Eu a queria para mim,mas querer não e poder

Adormeci,
Acordei em qualquer lugar,
Não fazia diferença
Nada fazia diferença

Amor...
tudo que nasce um dia morre
 
Amor?

Xadrez de pombos

 
Maldita rosa das trevas,
Pois me puseste entre escravos amantes da esmola
Dos lacaios, os que amam suas correntes,
Que afligem em sua cegueira as vozes de sua própria razão
E as vozes daqueles que clamam por liberdade

Devorados pela ilusão,
Como poderia meia dúzia de ladrões ser mais forte que nós?
Assim como o cão, que sem perceber ostenta uma coleira em prol de pertencer
Assim é o povo em relação ao seu Estado

De supetão, na calada da noite
Enquanto o que deveria vigiar adormece
Eis que chega o circo a pacata cidade
Assim, está posto o espetáculo,
Dancem bonecos, dancem
Teçam os acordes do balanço dos fios,dos grilhões das correntes

Porque eu sou a tua religião
E sem fiéis eu não existo
Eu sou a tua palavra de revolução,eu sou a tua caixa
Fora de mim não conseguiríeis pensar
Limitar-te-ei em uma linda caixa, desenhada
Para que,por ventura, a estadia não seja enfadonha

Confesso que tenho medo,
Quando nem o desenho,ou o pão,te são suficientes
Eu falhei em limitar-te? Ou limitei-te pouco?
Talvez acordaste do devaneio em que te fiz repousar
Não,não,não... não pode... não pode
Vá, oh meu lacaio, e mostre a teu confuso irmão o meu caminho,somente o meu

Porque a liberdade é o mal
O controle é o bem
Não existe o individual
Eu sou teu pastor e tu és uma ovelha
Jamais direi-te tais coisas,
estratégia é meu nome
Nascerás dentro de uma caixa e ela lhe servirá de realidade

Aquele que quiser ser seu próprio eu sofrerá,
Aquele que da corrente quiser se libertar será castigado
Aquele que for ovelha e tiver voz de pastor será inteligentemente calado
Aquele que acordar será posto a dormir

Vivam,vivam para meu sonho
Se libertem,se puderem...

texto revisado em 17/01/2021
 
Xadrez de pombos

Três tiros

 
De pê sob o luar,
O primeiro tiro raspou,
Tão somente levantei meus olhos
E estranhamente me senti capaz de
Parar uma bala
Salvar a mim mesmo

Logo veio o segundo,
E este acertou a perna,na altura da coxa
Foi ai que cai
Voltei a mim,
Percebi quem eu era,
E o que poderia ou não fazer

A pistola,
sedenta por sangue
Outra vez disparou sobre mim uma bala
E esta acertou o meio da minha testa...

Despertei no mesmo local,
E o cenário estava exatamente igual
Fui capaz de perceber que eu era um ponto
Contido num espaço com dimensão infinitesimal

Três tiros para expor a humildade do homem,
Se ele a tiver
Três tiros,
Para demonstrar a diferênça entre existir e gerar...
 
Três tiros

Amor limitado

 
Dias de nevoeiro,
Onde a ilusão de uma paixão mental
E dita mais consistente
Que o amor natural
Onde o frio do egocentrismo
E a incerteza do ateísmo
Sobrepujaram o calor do fogo do sacrifício

Eis que,do nada,acinzentou-se o derredor
Flertavam com a escuridão,
Desejando o prazer
Entretanto,ao vazio a dita cuja pertence

Esvaiu-se a doçura do beijo da princesa
E o corpo da bruxa brilhou feito estrela cadente
Deveras,perdi meu próprio protagonismo
Dentro da imensidão de gritos
Porque enxergo pouco,feito qualquer humano
Que jamais alcançará verdades universais

Esqueletos antigos,guerreiros caídos em guerra
Conspiraram com os ventos para relembrar
Que daqui nada levamos,somente herdamos
Até o ódio,até mesmo o ódio

Porém,se sou parte,tu também o é
Logo,somos parte do todo
Ouça a minha voz,venha a mim
Sei que também estás a vagar por aqui
Não os escute,eles pouco sabem
Muito menos de futuro,menos ainda de destino

Seja a minha luz,a cor do meu viver
Construiremos nosso próprio mundo,eu e você
Desses,pequenos como os de novela
Que saem da mente do autor sem fidelidade a complexidade da realidade
Então,juntos,venceremos o fantasma da amargura
E o sorriso maligno da tentação a solidão
 
Amor limitado

A luta que nunca termina

 
Agulha que fura
Com a cara da morte,
Mas carrega a sorte da vida
E que aparece por todos os dias
Em meus sonhos, como pesadelos
De uma prisão perpétua

Cálculos precisos,
Ás vezes se tornam imprecisos
Porque o corpo é complexo
E o que deveria estar de vigia
Pós se a dormir
Num sono eterno

Puxe e empurre,
A morte e a vida
Com um pistão em solidão
Nada pode estar errado, nada pode estar errado,
Mas está errado e não é justo,
Mas a vida não é questão de justiça

Essa é uma luta, essa é uma guerra
E não há desculpas, ou você mata, ou você morre
E, mesmo quando é vencedor,
O Soldado deixa pedaços de si no campo de morte
Sejam do corpo, da mente ou do coração,
Mas, é sobre sobreviver e resistir que a vida é

Sobreviver é adiar o inevitável,
Mas o inevitável o é para todo o ser vivente
Sim, estamos todos no campo
E todos perderão de uma maneira diferente,
Mas, perder sem lutar é covardia
E perder lutando é morrer sem o arrependimento
De não ter dado tudo de si
 
A luta que nunca termina