It's the green car
Se a tropa manda desenrascar
E eu sei que sou capitão
Malfadado eu, dos bens do irmão usar
Sentado num sofá, vivendo a "ilusão"
Sou como um carro que entra no cruzamento, e nele sua marca fica embutida
Dele saio com sorriro de canto a canto
Brincadeira esta a minha preferida
Por vezes diabo, por vezes santo
Sempre que o carro "verde" na rua fica atravessado
Nem sabe o vício que me provoca
Embora ande um pouco esmurrado
O piloto que há em mim logo ele evoca
A tropa que ás vezes tem uma lábia de primeira
E um humor sarcástico e inteligente
Forma essa de ser tão lisonjeira
Forma essa de falar tão eloquente
Há quem diga o que pensa sem nada temer
A todo o momento e todo o segundo
Sem nada temer digo o que penso a escrever
Esta é minha "noia" este é meu mundo
Tao tao, pum pum
Cobra silibante
Mesmo que eu seja muito "pequeno"
Sou tipo uma víbora a silibar
Veneno se combate com outro veneno
A verdadeira arte é sabê-lo administrar
Cobras se querem juntas no mesmo cesto
Quando o veneno delas é deveras semelhante
Mesmo que o passado seja um pouco funesto
Aos deuses rogo por um futuro brilhante
Cobras que mordem uma agora e outra depois
Demorando o veneno a entrar na pele dura
Começo a ver mal, mas, um mais um são dois
E o sonho da cobra mor que ainda perdura
Sempre quis cobra semelhante
Que me tirasse do sério e me desse sentido
Se de seu veneno virei amante
Sou cobra, como o fruto proibido
Silibo-me todo de a ver passar
E tento esconder a minha emoção
O seu veneno sempre hei-de "contrariar"*
Não tenho culpa, será que perdi a razão?
Inspiration...Where are you???
Houve um dia em que tinha força para lutar
E de sonhos minha vida era deserta
Em alguns a inspiração corria desenfreada
Em outros ela simplesmente evaporava
Não que a fonte tenha secado
Ou que eu queira saber mais do que sei
Por vezes me deu inspiração em dobrado
Não estive á altura e nela me afoguei
Agora que vejo o que não via
Não sei o que é que me deu
A minha escrita que hoje está um pouco vazia
E minha poesia que hoje ainda não apareceu
O fado da ressaca
Ressaca forte e pesada
E ninguém nos deita a mão
Ressaca forte e descompensada
E na estrada sigo em contramão
Ressaca dura e solitária
Neste verão abrasador
Ressaca dura e equalitária
Pior que a ressaca só mesmo o calor
Fado triste o meu
Cantado aos quatro cantos do vento
Triste fado me apareceu
Cantado em tom de sofrimento
Assim me enfado com a vida
E tudo o resto ao redor
Se não é fado é coisa parecida
E se não se parece é coisa maior
Assim a ressaca é fado meu
Cantado em todos os cantos do meu mundo
Ainda não acredito que me aconteceu
Ainda duvido a todo o segundo
Chasing butterflies
Já pensei por vezes que sou d'outro planeta
Tamanha é a minha estranheza
Se foste o que desejei quando vi passar o cometa
E a senteça de verdadeira beleza
Conserteza devo ser de Plutão
Tamanha é a minha frieldade
Tamanha também é sua escuridão
Planeta deserto sem criatividade
Quiça seja eu de Neptuno
Ou de qualquer outro corpo astral
Se nada do que quero realmente reúno
Pergunto ao "juíz" o que correu mal
Não, nunca me esqueço das minhas verdades
Nem de tudo o que sempre quis
Em mim tenho duas metades
Mas quem meu corpo comanda é o "juíz"
Quisera eu ser menos letras mais ação
E não deixar escapar "o que" quero
Tomara eu ser mais realidade que ilusão
E sim ainda te espero, ainda te quero
Ingrato
Por toda a gente que sempre seguiu em frente
Há momentos que ficam na memória
Sera de um passado de delinquente
Ou será apenas mais uma história
Em outros tempos o oferecer
A quem não tem
Agora o amanhecer
De quem precisa e fica sem
Preciso apenas de amizade
E não de olhar apenas p'ra própria algibeira
Preciso apenas de reciprocidade
E não de olhar as coisas de forma tão ligeira
Em outros tempos a minha partilha não tinha fim
Gostava de o ver desafogado
Agora que os euros acabaram guardo ca para mim
Os amigos que continuaram a meu lado
O meu pouco ás vezes era fartura
E sempre deu para os dois
Agora que penso nessa loucura
Guardo tudo num baú e deixo para depois
Mas tu és assim
Esqueces de quem te matou a fome quando estavas em dificuldade
A mágoa a cada dia cresce em mim
Mas tu apenas revelaste quem és de verdade
Gesto simples
No gesto simples do meu acordar
Nada mais me causa tamanha sensação
Acordei mas quero voltar a sonhar
E quero-te assim, sem motivo sem explicação
No gesto simples do meu sorrir
Em que uso o tablet de minha memória
Vejo o fogo que me andava a consumir
Parte de minha memória, não de minha história
No gesto simples do meu ser
Erros cometidos que gostava de apagar
Mas nunca é tarde para aprender
Assim como nunca é tarde para perdoar
No gesto simples de minha sagacidade
Não sou sagaz por maldade
Quando perdo-o, perdo-o de verdade
Afinal também tenho bondade
No gesto simples de minha bondade
Ás vezes ainda sinto necessidade de me proteger
Sou só um menino com 5 mais 20 anos de idade
Que anoitece quando devia alvorecer
No gesto simples de todos os meus invernos
Travei batalhas em meu interior
Julgo ter derrotado a maioria de meus infernos
Julgo ter-me tormado uma pessoa superior
No gesto simples de meu olhar
Já não sinto que sou menos nem mais
Egocentricidade mandei-a passear
Ninguém é mais nem menos, somos todos iguais
No gesto simples de toda a minha loucura
Senti que algo em mim 'tava a mudar
O coração abandonou tempos de amargura
No dia em que começou a amar!
Divina jornada
Viver para aproveitar?
Viver para amar?
Ou aproveitar para viver?
Ou amar para viver?
Sou uma espécie de poeta, não sou vidente
E mesmo com estas questões que me aparecem á frente
Não consigo adivinhar o futuro
Apenas consigo deletar o passado
E se for preciso, á patada e ao punho derrubo o muro
Deixando apenas uma pedra em seu lugar, para que ao vê-la me lembre de todo o meu aprendizado
Viver para sentir?
Ou viver para obstáculos abolir?
Sentir, para me sentir mais pessoa?
Ou abolir obstáculos para melhor ouvir tua voz que em meu âmago ecoa?
Sem dúvida sentir para viver
E viver apaixonadamente para a chama adormecida acender
Sem dúvida que a tua voz soa mais límpida sem o muro no meio
Mas que posso eu fazer se sou como um burro, como um esteio?
Sair de casa para aproveitar o sol que emana magia?
Ou ficar no sofá aproveitando esta acalmia?
Sair do casulo e vaguear por esse mundo
Ou ficar neste sofá aproveitando a vida de vagabundo?
Se saio de casa quando o sol 'tá encoberto
Porque não hei-de sair quando o céu 'tá aqui bem perto?
Se vagueio só por este mundo
Porque não atinar e deixar de ser esta abécula que tudo destrói em 1segundo?
Viver a vida sem complicações
Viver a vida sem cobranças, sem demasiadas questões
Verdadeira essência escondida no fundo do meu ser
E este "puto" que há-de ser "puto" até á hora de morrer
Não me importo de ser homem com mentalidade de criança
Criança livre e tresloucada, que ao som da tua sinfonia dança
Criança que vivia na inocência
E que mais tarde virando homem entrou em falência
Criança que é criança gosta de extravazar
Criança que é criança gosta do mundo percorrer, do mundo explorar
Homem que é homem gosta de em seu jardim fixar suas raízes
Homem que é homem, tem orgulho em todas as suas cicatrizes
Mas seja homem, seja criança, sou sempre meio-máquina / meio pessoa
Mesmo vagueando por aí á toa
Nunca me esqueço do mais importante nesta nação
Mais importante que ter fama e glória, é ter bom coração!
Não sou super-heroi, e muito menos defeciente
Sou um camafeu, um pouco tolo, um pouco diferente
Um gajo que 'tá sempre colado no café
Mas que sempre vê, sempre te ouve e sempre te sente
Uma estrofe para cada mês
Afinal tenho algum talento, vês?
Um verso para cada semana do ano
E afinal não sou tão frio assim, sou máquina mas também sou humano
Um ano passou desde que meu cérebro congelou
Ele que funciona como uma máquina, e mesmo assim um "mero"(GRANDE, GIGANTE, ENORME) mortal o desconstruiu e para melhor, para bem melhor a máquina mudou!
Honra seja feita a esse hacker desconhecido que instalou um vírus em meu código sem que eu me apercebesse
Nada sou
Sei que nada sou
E pouco ou nada de mim dou
Sinto-me só nest universo colorido
Não fui a nenhuma guerra, mas continuo ferido
E pior que isso, ainda fico aquém
Ferindo sentimentos de quem só me quer bem
Mas será que alguém olha para mim e se põe em meu lugar
Não que eu o mereça, mas cada uma merece encontrar su lugar
Ainda ontem com os elogios fiquei todo babado
E logo me pus a olhar para o lado
O elogio queria-o de quem mais esperava
Enquanto isso mais calado e introspectivo eu ficava
Cabizbaixo e desiludido, voltei para minha gruta
E desiludido por escrever para quem não me parece que escuta
Chegando á gruta, um sono mal dormido
Não sei se é desilusão ilusão, ou se é algo parecido
Bem ditos aventurados que não vivem de coração aflito
Mas eu sou um burro armado em génio, admito
Fulo com a vida e errante perante tantas instâncias
Mas de coração puro, em todas as circunstâncias
Queria eu saber... E ser uma pessoa diferente
Queria eu saber... E então poder seguir em frente
Mas não se segue em frente enquanto se olha para tras
Mas isto é o que acontece a quem fica á espera de ver do que a vida é capaz
Tríplice torturante
Sinto dores no ego, no corpo e na alma indomável
Sinto-me mais cansado e muito menos afável
Sinto que por vezes caminho em trilhos minados
E sinto que um camafeu sou sem o mais importante dos predicados
O ego sente saudades de algo que o enaltece
E não sendo enaltecido, fica turvo, escurece
E o medo que ele tem da escuridão
Mas isto não são virtudes, é apenas minha podridrão
Dores corporais por vícios possuir
Possuo grande vício, não vou mentir
Mesmo assim vicio-me nele todos os dias
E fico parado em minhas memórias tão frias
Alma indomável, meu grande defeito
Tua vida, meu sonho, tudo perfeito
Mas é difícil domar tamanha rebeldia
Acabando por agonizar dia após dia
Não sou único, nem normal, nem especial
Apenas sou um relógio que regula suas horas um pouco mal
Se por chuva, vento e pelo sol sou atraído
Porque não uso minha revolta pa' ser um pouco mais destemido?