Sonetos : 

Sabia muito bem onde meter

 
Sabia muito bem onde meter
O meu bedelho velho e tão sisudo,
Se ainda peço paz, se ainda ajudo,
Não posso mais, contudo, prometer.

E quero desde sempre o teu saber,
Embora eu acredite ser miúdo,
Nas tramas desta teia se eu me grudo
O pouco que já sei fará valer

No peso e na medida quase exato,
Exausta bailarina anda exaurida
Tomando fartos goles desta vida,

Não deixo sobrar nada no meu prato,
E quando vejo teu retrato assim,
Saudade faz a festa dentro em mim...
Marcos Loures
 
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MARCOSLOURES
 
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