Poemas -> Amor : 

Veleiro das brumas

 
Veleiro das brumas
Abre-se
Per orla da sereia, escarlate
Digo a Rota, digo Aquela
As suas escamas felpudas dizem-na
E digo-te, Infante
São reflexos soltos pelos teus sonhos
Coleccionados na correnteza da saudade
Digo-te
Há fumo nessa alma e uma carta negada
E num sol te perdes
E a deixas queimar
Ajoelhado sobre os espinhos…

Há seiva sangrada
Palavras dum Infante embargado
De mancha
De papel
De voz
Miragens onde ela te corre e asa
Pelos claustros desse palácio
Onde só ela sabe dizer tanto mar


«Antes teor que teorema, vê lá se além de poeta és tu poema»

Agostinho da Silva

 
Autor
bruno.filipe
 
Texto
Data
Leituras
783
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.