Sonetos : 

ARMADURAS

 
Versos que me deste alma minha,
São como floradas de sândalo!
Ou a lua em serenatas manias
Versos que me deste alma dos vândalos!

Não tenho correntes, mas sim certezas!
Que tenho livre a poesia do ventre...
Aqui eu gero infinitas fortalezas
Desta alma que me veste em ser vivente!

Não há maremotos, mau olhado ou gatos pretos
A medrar em mim meus sentimentos
A esses minha pena é minha resposta!

Um verso locutor abre a garganta
E sai dos seus gritos palavras santas
Quedam-se olhares entre armaduras mortas!


"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
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Ledalge
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/10/2010 00:06  Atualizado: 17/10/2010 00:06
 Re: ARMADURAS
E de gato amarelo fica a medrar?

Este gato amou seu poema

beijos Fabio

Enviado por Tópico
antóniobotelho
Publicado: 17/10/2010 00:25  Atualizado: 17/10/2010 00:25
Da casa!
Usuário desde: 13/04/2010
Localidade: Aguiar da Beira - Guarda
Mensagens: 312
 Re: ARMADURAS
Caríssima Ledalge,
Excelente soneto!
Cumprimentos poéticos,

António Botelho

Enviado por Tópico
antóniocasado
Publicado: 17/10/2010 01:01  Atualizado: 17/10/2010 01:01
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Mensagens: 1656
 Re: ARMADURAS
Ola

"a poesia livre no ventre" deve viver eternamente em si, como este soneto.
Gostei de o ler.

antóniocasado

Enviado por Tópico
carolcarolina
Publicado: 17/10/2010 01:20  Atualizado: 17/10/2010 01:20
Colaborador
Usuário desde: 24/01/2010
Localidade: RS/Brasil
Mensagens: 9299
 Re: ARMADURAS
Querida Amiga
Poetisa Ledalge!

Na poesia escrevemos histórias, fantasias e nada nos amedronta, verdade.
Mais um belo soneto!
Bjinhos
♫Carol