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Relação Selvagem

 


Relação Selvagem



Sinta meus olhos queimando você.
Você é minha sede, minha fome.
Sinta a força deste amor que me consome.

Meus lábios beijando tua pele nua,
Minhas mãos tateando, procurando as tuas.

Meus músculos esmagando tua carne macia e quente,
Minha boca beijando, mordendo — louca, ardente —
Teus seios, teu pescoço, tuas orelhas... como um louco, um demente.

Sinta a força deste amor cruel e insano.
Eu, como uma fera, te encurralo, te profano.

Você se embala em sonhos e me chama,
Você é somente desejos. Me ama.
Enrosca-se em meu corpo como uma serpente,
Entrega-se louca aos meus desejos para sempre.

Lábios intumescidos, olhos cerrados, gemidos.
Bocas unidas, línguas entorpecidas, mordidas.
Corpos suados, fervendo, molhados.

Relação selvagem, dança da vida, momento sagrado.
Um entrar profundo, suave, urgente.
Um sair sofrido, vazio, carente.

Você grita, implora, pede:
“Fica dentro de mim eternamente.”

Alexandre Montalvan

 
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montalvan
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