Poemas : 

Este é meu sangue

 



A Satã, o rei, soe conceder algures mercês especiais,
aos míseros servos permuta sacrifícios de ser vivente,
cobiça em louvor, de pelagem branca ou preta animais
que elege ao sabor de podres intenções, voos da mente.

No cruel escambo, resgata o tributo que deve granjear,
para angariar, alcançar, exige as mais alvas animálias.
Aos desejos de eliminar, exterminar em sinopse linear,
pede os de ébano, saboreia o sangue a opor represálias.

Tépida seiva vital da besta sacrificada entorna na taça,
consagração da vil oferenda maldita para que tudo faça,
seguindo sempre de lúgubres invocações aguçando reptos.

“ Hoc est meum, Belzebu!”. O sangue fresco do diabólico vaso
rega trêmulo corpo do fâmulo na senda, grande extravaso,
ao soar de salmos lúgubres ditos por asquerosos adeptos.


 
Autor
ArysGaiovani
 
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