Poemas : 

Tríade triplo-minimalista descadeado

 
O dissidente

Ontem, ele era homenageado nas briosas bocas da nação
Hoje, na verdade, é o vendido, o traidor, o canalha servil
Não é o que você é, mas o momento em que se encontra

A palavra

Aos poetas não se aplica a máxima popular que assim diz
A palavra é de prata, contudo o silêncio é feito de ouro
O silêncio da poesia é sinônimo de que morreu a palavra

O poeta

O mundo não te escuta poeta a auscultá-la em sua insônia
Um Quixote a cavalgar pelas sombras, teimoso, belo, louco
Só porque insistes nesse canto vívido de amor e esperança


"Somos apenas duas almas perdidas/Nadando n'um aquário ano após ano/Correndo sobre o mesmo velho chão/E o que nós encontramos? Só os mesmos velhos medos" (Gilmour/Waters)


 
Autor
Sergius Dizioli
 
Texto
Data
Leituras
178
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
1
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Rogério Beça
Publicado: 28/04/2023 16:51  Atualizado: 28/04/2023 16:51
Usuário desde: 06/11/2007
Localidade:
Mensagens: 1943
 Re: Tríade triplo-minimalista descadeado
Destaco:
Todo a lógica do segundo. Aceito.

A beleza do segundo verso do terceiro. (Na parte dois fiquei muito triste com a figura de Sancho Pança...)