Poemas, frases e mensagens sobre destino

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares sobre destino

Caminhos do incerto/Dueto Rosafogo e Ana Coelho

 
Caminhos do incerto/Dueto Rosafogo e Ana Coelho
 
CAMINHOS DO INCERTO

Hoje a solidão veio p'ra ficar
Esqueço tudo, nada quero saber nem ouvir
Solto-me como pássaro no meio da moita
E aguardo a tempestade prestes a surgir.
Abre as mãos eleva-as ao mais alto de ti
E a voz do silêncio cantará
Um hino de louvor à alma em clamor
A solidão cairá na intempérie de um sorriso.

Meu coração ainda se afoita!
Bailam lembranças na minha mente
Quando procuro o repouso
E surgem na minha frente
Como um Sonho prazeiroso.

Na utopia dos sentimentos
Renasce a vida em forma de herança
Nos beirais da angústia ganha forma
Um sorriso de criança que o nosso olhar alcança.

Nas lembranças me envolvo perdidamente
Elas são tudo o que é meu!
Saudade é passado e presente
E o futuro que a memória
Abriga em caminhos do incerto destino
Na estigma de ontem hoje e sempre.

Rosafogo e Ana Coelho

Neste poema o talento da ANA e o Sonho da Rosafogo
Este Sonho de poder sentir-me com emoção fazendo
um dueto com uma grande poetiza.
Para ela a minha estima e admiração e também o meu muito obrigado.
 
Caminhos do incerto/Dueto Rosafogo e Ana Coelho

Quadras cantadas

 
Quadras cantadas
 
QUADRAS CANTADAS

Meu nome é bem singelo
Foi-me dado ao nascer
Não que eu o ache belo!?
Mas o conservo até morrer.

Não costumo dar ouvidos
Dizem que poeta é louco
Versos já trago esquecidos
E de poeta tenho eu pouco!

Do que escrevo nada é novo
Mas da minha propriedade...
- Nasci no meio do Povo!
Dele me vem esta saudade.

Falo de mim e do destino
Da alegria e insatisfação
Meu caminho de peregrino
Feito saudade e solidão.

Expresso-me acanhadamente
Nada escrevo, sou coragem
Dirão todos provávelmente
Poeta de pouca linhagem...

Junto letras, faço traços
Desenho com os meus dedos
Versos são meus cansaços
E meus passos já são ledos.

Trago nas veias a dor
E meu coração já faminto
À terra eu tenho amor...
Já saudades dela sinto!

Lá no alto lá em cima
Lá no sítio onde nasci
Fui trovadora com rima
E foi com rima que cresci.

Sentinela fico à espreita
Nalguma esquina da rua
Lá ao longe o sol se deita
Já me acaricia a Lua...

Cantarei a saudade forte
E a esperança sonho em flor
Cantarei à vida e à morte
Cantarei p'ra esquecer a dor.

rosafogo

Estas quadras não são novas, mas hoje as encontrei
aqui na aldeia juntamente com outras, já esquecidas.
 
Quadras cantadas

ANTES QUE O TEMPO NOS APUNHALE *

 
Antes que, sombrio, ele venha
à noite, de face velada,
e com estridente desdenha
derrube a inocência amurada...

Antes que ele vos cubra
com as disformes asas do crescimento
e meu olhar já não descubra
para que céus vos carrega o vento...

Antes que as sombras frias
cubram de gelo vossas camas vazias
e com garras de aço
vos apartem do meu regaço...

Antes que o tempo nos apunhale
e se torne tarde demais,
deixem que eu vos embale
e vos beije, uma vez mais.

* (Em homenagem aos meus filhos, Vanda e João, antes que cresçam demasiado... e voem do ninho)
 
ANTES QUE O TEMPO NOS APUNHALE *

A Vida na Hora (de Wislawa Szymborska)

 
A vida na hora

A vida na hora.
Cena sem ensaio.
Corpo sem medida.
Cabeça sem reflexão.

Não sei o papel que desempenho.
Só sei que é meu, impermutável.

De que trata a peça
devo adivinhar já em cena.

Despreparada para a honra de viver,
mal posso manter o ritmo que a peça impõe.
Improviso embora me repugne a improvisação.
Tropeço a cada passo no desconhecimento das coisas.
Meu jeito de ser cheira a província.
Meus instintos são amadorismo.
O pavor do palco, me explicando, é tanto mais humihante.
As circunstâncias atenuantes me parecem cruéis.

Nao dá para retirar as palavras e os reflexos,
inacabada a contagem das estrelas,
o caráter como o casaco às pressas abotoado -
eis os efeitos deploráveis desta urgência.

Se eu pudesse ao menos praticar uma quarta-feira antes
ou ao menos repetir uma quinta-feira outra vez!
Mas já se avizinha a sexta com um roteiro que não conheço.
Isso é justo - pergunto
(com a voz rouca
porque nem sequer me foi dado pigarrear nos bastidores).

É ilusório pensar que esta é só uma prova rápida
feita em acomodações provisórias. Não.
De pé em meio à cena vejo como é sólida.
Me impressiona a precisão de cada acessório.
O palco giratório já opera há muito tempo.
Acenderam-se até as mais longínquas nebulosas.
Ah, não tenho dúvida de que é uma estreia.

E o que quer que eu faça,
vai se transformar para sempre naquilo que fiz.

(tradução de Regina Przybycien)

Eu acho que a grande poeta polonesa Wislawa Szymborska,
Nobel de Literatura em 1996,
merece fazer parte dos Classicos no Luso.
O que vocês acham disso?
 
A Vida na Hora (de Wislawa Szymborska)

Cabra-Cega

 
Cabra-Cega
 
Entrei no jogo de olhos vendados
procurando, sempre, a felicidade
embrenhei-me nele, correspondi
com alguns tropeços, sei que consegui

Lá fui apalpando o desconhecido
investi na sorte, espalhei-me ao comprido,
mas fui persistente, ergui-me de novo
a dor no meu peito não me impediu
de tudo fazer para sorrir de novo

Viajei ao fundo do meu Eu profundo
e encontrei lá dentro a serenidade
Elegi em mim o meu aliado
Não há mais lugar para a cabra-cega
vivo desta paz que me aconchega
morando nos versos de cada poema



Maria Fernanda Reis Esteves
48 anos
Natural: Setúbal
 
Cabra-Cega

AMÁLIA

 
Ó voz do povo!

Que encantou multidões neste mundo fora;
A alma lusa por ti ainda chora;
Porque a tua voz com a tua alma ninguém cala...
Tu és o eterno fado,Amália..

Ó voz do povo!

Que cantaste a saudade,o amor,o sofrer...
Mulher com o coração na boca!
Em teu singular pranto ficámos a conhecer...
Todas as tuas paixões loucas...

Ó voz do povo!

Com o teu xaile negro,cantaste "o povo que lavas no rio"
Com o sentir que ninguém sentiu...
Porque a tua voz com a tua alma ninguém cala...
Tu és o eterno fado,Amália..
 
AMÁLIA

É ASSIM O DESTINO

 
É ASSIM O DESTINO
 
É ASSIM O DESTINO

Deixo esta poesia tal qual a criei
Num tempo impossível de deter
Carregada de emoção, eu sei
Lembrança que não sei esquecer
Revela tristeza mas também esperança
Saudade a trago sentida
E em mim recolho a criança
Que me estende a mão, bem erguida.

Mas hoje estou feliz, não quero desanimar
Feliz como um menino
Que deu o primeiro passo, aprendeu a andar.
É assim o destino!
A felicidade tem um rosto radioso
E eu recordo desta criança o rosto formoso.
Quando as lembranças se tiverem esvaído?!
Quando já não houver nada no meu olhar
Ainda assim hei-de ver florido
O jardim do meu lembrar.

Encho o peito desta aspiração
Há ainda em mim uma torrente de vida
Embora debilitado o coração
Há sempre uma chama ainda não consumida.

rosafogo
 
É ASSIM O DESTINO

NA FORÇA MAGNÉTICA DE UM SIMPLES SORRISO

 
NA FORÇA MAGNÉTICA DE UM SIMPLES SORRISO

Suporta as tristes mágoas
De quem nunca soube amar
Agüenta as espúrias dúvidas
De quem não consegue confiar

Ouve: jamais agiganta tua espada grave
Não desce ao solo teu fogo sagrado
Tua chama pura que conduz
À luz imaculada da realidade
E que pode incinerar todo o engodo...

Ama a senda do teu destino
Seja por qual caminho ele for:
Pobre, espinhoso ou nobre
E avança com alma de menino...

Ressuscita o enigma da reta linha
Que não se desvia da verdade
Por nada, nada a lhe encurvar
(Nem breu, nem fúria, nem iniqüidade)
Apenas o infinito, fora de tempo e lugar...

Que a brancura impoluta da justiça
Afagará em versos teu próprio universo
A cingirem as livres correntes do mar
D’uma cor tão suave e clara...
D’um olor de tanta serenidade e paz...

Que os anjos do teu destino estarão
A pairar, meninos, sobre as águas
E na força magnética d’um simples sorriso,
Te carregarão acima das brisas rasas...
 
NA FORÇA MAGNÉTICA DE UM SIMPLES SORRISO

Nasci abençoado pela imprevisibilidade e pela estatística

 
Nasci abençoado pela imprevisibilidade e pela estatística

Fui um filho planejado. O único dos três irmãos com este predicado. E isso não é pouco. Pergunte aos seus pais se você foi ou não planejado. Talvez a resposta possa lhe fazer alguma diferença. No meu caso, minha própria mãe, solenemente, assim me disse. Estávamos conversando numa tarde ensolarada de uns bons anos atrás, ou, talvez, numa noite chuvosa... A única frase que lembro claramente desta conversa perdida nas calendas gregas do tempo foi essa do planejamento: meus genitores em “conluio de amor" haviam me engendrado. Bonita frase para definir o sexo com fins de procriação. Homem e mulher indo para a cama com o firme propósito de gerar um filhote.

Portanto, eu era muito esperado e desejado e, segundo fontes fidedignas, meu pai não se continha de alegria em ver seu varão macho babando, mamando ou chorando. Engraçado que percebo a importância desse detalhe da minha criação somente agora. No real instante daquela famosa prosa, de fato, apenas devolvi um sorriso amarelo para minha mãe. Por algum motivo que me foge à compreensão, silenciei-me e envergonhei-me. Quem sabe a imaginação dela trepando para me ter, sabe-se lá.

Em alguns momentos da vida, geralmente difíceis, paramos para perguntarmo-nos o porquê de nascermos, qual nosso objetivo cósmico em viver aqui e outras sacrossantas e filosóficas questões sobre o fato de existirmos. E estava ali um verdadeiro motivo, um fluxo de acontecimentos relevantes, independentes de minha vontade, que resultaram nessa minha excêntrica e estranha pessoa.

Àquela época, já não era mais criança é certo, tampouco homem formado, porque isso lá eu nunca fui. O fato é que me sinto verdadeiramente importante por conta desta revelação. Por fim, apareceu algum sentido à minha estada nesta Terra. Afinal, dois seres humanos queriam-me por aqui! Simples. Foram para a cama, determinados, mancomunados, cheios de tesão (ou não) com o firme propósito de me fabricar. Eu, euzinho aqui, não era fruto de acidente... Definitivamente não me resumia a um espermatozóide ensandecido escapado de uma camisinha furada. Existia um plano meticulosamente arquitetado com relação à minha pessoa. Velhos maquiavélicos.

Quais intenções passariam pela mente desse casal? Minha mãe queria-me oficial da marinha. Achava que eu ficaria lindo uniformizado de branco. Ela tinha uma mania e tanto para glamorizar e vida. A realidade, para ela, tinha endereço fixo em Hollywood. Já meu pai almejava que eu o ajudasse nos negócios. Pois não é que, não plenamente contentes em me premeditarem, ainda teciam, cada um conforme os seus próprios sonhos, uma vida maravilhosa para mim, à minha revelia? Infinitos, os delírios dessa dupla. O que eles não esperavam é que na teoria a prática fosse outra.

Uma regra básica para quem planeja é saber que todo projeto tem seus furos, suas imprevisões. O problema é que as pessoas costumam não pensar num plano B. Sabe, algo do tipo “e se não der para fazer assim?” Ah, então a gente “faz assado”. O famoso plano B!

Tanto sacrifício de minha mãe... Ministrava aulas em escola primária, de manhã e à tarde. Sem plano alternativo, arranjou-se como a vida deixava. Casou-se novamente poucos anos depois que meu pai morreu para dar segurança aos filhos ainda pequenos e, na visão dela, desamparados. Quem sabe o fez na esperança de executar objetivos que foram interrompidos pela morte de meu pai, ou seja, insistir naquelas idéias que um dia ela chamara de Plano A, subtítulo: "E foram felizes para sempre". Mas casar-se de novo era só um remendo para um ideal que não tinha como ser revivido. Aquele, o original, estava morto e enterrado. Acho que ela sabia disso. Duvido que tenha se unido ao meu padrasto novamente por um amor profundo.

E meu pai? Ah, Esse era sério e animado com a família que construira. Meteu-se de corpo e alma no trabalho. Era um furacão. Nervoso, agitado e com úlcera, mesmo sendo homem novo, ia de cá para lá em busca da sua felicidade e da família. Mas... com que sentido real? Para que correr tanto? Mas pai... aonde estava guardado o plano “B”?

Ele acabou morrendo dois meses depois de meu nascimento num acidente de avião idiota quando ia cuidar de negócios no Rio de Janeiro. Sendo assim, não o conheci... Ele me amava, sem dúvida, afinal, me desejou ardentemente. E eu? O que poderia sentir por ele? Apenas essa estranha emoção que tenho quando pego nas mãos a sua foto 3X4 e observo o rosto moreno e de olhos verdes daquele bigodudo que me obrou (dê a “obrar” o sentido que quiser).

Muitos dos que o conheciam dizem que ele seria um homem de extremo sucesso. Era líquido e certo que ficaria rico, afirmam seus velhos amigos, uns poucos que ainda sobraram vivos. O que sei apenas é que, antes de morrer, tinha uma fábrica de gaiolas. Certamente não me cheira ser um negócio, assim, promissor, algo que faça alguém imaginar que seu pai seria um Bill Gates, do tipo: - Olha, lá vai o Germano, o “Imperador das Gaiolas”! Multimilionário! – Ao contrário. Tudo me remete apenas à mera titica de galinha...

Falemos sério: Como alguém que morre de desastre de avião, repito, “desastre de avião”, poderia ficar rico se esse evento não ocorresse? Seria incompatível, captou o paradoxo? A sorte sempre deve bater com o tino. Portanto, meu pai foi premiado, sim: com o infortúnio. O certo mesmo é que nasci duplamente abençoado - pela imprevisibilidade e pela estatística.
 
Nasci abençoado pela imprevisibilidade e pela estatística

Grito suspenso

 
O grito permanece suspenso no ar
embalado pelas ondas de (a)mar
amortece a vontade impetuosa
no silencio do grito suspenso no ar

Se no desassossego sôfrego
absorver a “energia solar”
contemplará o céu despido de luar
que em gotas cristalinas tombará
amargurando este doce (a)mar

A energia solar ofuscará
tristemente permanecerá
vagueando pelo cosmos
pela vida sofrida
que jamais esquecerá

O destino interrompe-se
na urgência temporal
sem tempo de esculpir
a plena loucura divinal

Escrito 28/06/09
 
Grito suspenso

Caem sobre mim tantas lembranças

 
Caem sobre mim tantas lembranças
 
Caem sobre mim tantas lembranças

Hoje o Sol mudou de janela
E meu destino se esqueceu de urdir
Em meu peito pôs uma cancela
Para o coração de lá não fugir.
A tarde partiu tristonha
Deixou meu peito a gemer
Passam horas e se a gente não sonha?!
Nem mais o Sol vai ver nascer.

Emaranha-se na saudade a dor
Bruscamente cresce a solidão
E passa o tempo que é devorador
Que tudo destroça e leva p'la mão.

Mas eu sigo confiante,
Levo no peito uma força que nem sei!
Às vezes caminho um pouco errante
E a força fui talvez eu que a inventei.
Já se anuncia a morte do dia
O Sol varreu todo o horizonte
Deixa meu coração abatido de nostalgia
E deita-se na janela ali defronte
Chega a saudade de coisas perdidas
Dos olhos me cai uma lágrima represada
Na memória há coisas já esquecidas
E no rosto lê-se a idade que é já demasiada.

A tarde é agora de mel e canela
Despede-se de mim tal qual como a vida
Enquanto o Sol adormecendo muda de janela
O destino, vai urdindo a despedida.

rosafogo
 
Caem sobre mim tantas lembranças

PUTA DE VIDA, CABRÃO DE DESTINO

 
Puta de vida
Cabrão de destino
És tu o culpado
Do que é o meu ser.
Destinas-te a sofrer
As acusações infundadas
De pessoas mal formadas
Não fisicamente
Mas de uma pobre mente.
Eu te quis contrariar
E vejo que não consigo
Tu estás em mim
Estás sempre comigo.
Tento defender os indefesos
Quero ajudar os ofendidos
No fim, sou eu que saio sempre fodido
E tu, destino, que fazes por mim?
Nada!
Diz-me a quem eu fiz mal.
Não vês, pois é, não há.
Eu não tenho armas
De destruição massiva
Só tenho armas para a defensiva
Que no fim a nada me servem.
Sou atacado por defender
Sou atacado por ter defendido
Mas quando deixarei eu
De lutar pelo bem?
Quando deixarei eu
De ser parvo?
Não posso, sempre lutei,
Sempre arrisquei
A minha liberdade
E quer queiras, destino
Assim continuarei!
Puta de vida.
Cabrão de destino

A. da fonseca
 
PUTA DE VIDA, CABRÃO DE DESTINO

Eu sei que te encontrarei...eu sei.

 
Eu sei que te encontrarei...eu sei.
 
 
Momentos que te encontrei, pensamentos afloram,
Nosso destino vive a procura, cruzam fronteira.
Voo em busca de algo, vento no rosto me leva até você.
Percebo que nosso dia está chegando, meu coração sente você, mesmo distante que está.
Olhares, busca, encontro, sinto palavras em vão que me trazem esperança.
Eu sei amor que nosso destino estão nesses momentos.,
Nos dois..
Um destino...
A distância...
A busca...
O encontro..
O amor...
Palavras ditas...
Te buscarei...sempre no meu destino.
E, eu sei que te encontrarei...eu sei.

aperte o play
 
Eu sei que te encontrarei...eu sei.

LAGRIMAS

 
Ela vive das nossas lágrimas... ele um dia me dirá os portões do inferno abrirão, e esta terra queimará mais tudo o que nela há...
Abençoado rosto que jamais verei outra vez cair nesses braços, nesses olhos onde tudo se verá... o qual o meu fim tudo se vê
Amor amor é o meu fim… o que fazer ? Quando a noite é certa Vil o destino que me aguarda abençoado rosto desses olhos em que tudo se vê
Ao tombar espero por ti, se algo está decidido é o que sinto por ti
Que um dia algum dia,
Limpo as lágrimas e mordo o medo que há em mim,
Outros como eu deixam me certo do amor desse lugar fresco me deito para impacientar com o dia,
Abençoados olhos onde tudo se vê
Amor amor é o meu fim… o que fazer ? Quando a noite é certa
O destino espera me estou á sua mercê abençoados braços
O portão abriu se e tudo o que há queima a terra
Esse amor está liberto enfim como um rio
E o sangue que me dás é a água que os meus lábios bebem por mais um dia
Olhos abençoados onde tudo se vê
Amor amor é o meu fim … desta vez a noite cai sobre mim
O destino espera-me estou á sua mercê
Olhos abençoados onde tudo se vê

Da AUTORIA DE WARGOTH )
 
LAGRIMAS

Só o tempo

 
Só o tempo
 
Sentiu – se como se não houvera

Amanhã e mais ninguém no mundo!

Mas recomeçou com uma nova roupagem

Voou como águia voltou cheia de vigor

Quão difícil foi o esvaziar d’ alma dorida

Numa vastidão tão desoladora

Incomum as outras dores...

Deixando uma ferida aberta no coração!

Só o tempo irá apaziguar...

Ainda assim, deixará a pior das saudades!

Mary Jun

Imagem Google
https://scontent.fgru4-1.fna.fbcdn.net ... 07b906c71623b&oe=5A4F0D40
 
Só o tempo

Inteiramente tua

 
Encontrei o meu caminho
Na linha que traçaste
No meu destino…

Devagar, bem de mansinho,
Chegaste assim,
Com um sorriso
Que iluminou meu céu.

Os sentimentos que me invadem
Intensificam o universo
Que nos preenche
E nos pertence,
Penetrantes e delicados,
Suavemente desabrocham
E complementam-se.

Simplesmente por amar-te
Vale a pena viver
E ser,
Nesta simplicidade,
Inteiramente tua.
 
Inteiramente tua

Cacos de lua

 
Cacos de lua
 
Até aí, tudo era perfeito
Ouvias meus sonhos e davas-lhes asas
E eu tinha uma mãe, sentia-me plena
Nada me faltava

Mas quis o acaso
Talvez o destino, que a hora chegasse
E o chão me faltasse
Quando tu partiste…

Cresci em revolta
E quebrei minh´alma em cacos de lua
Senti tua falta e demorei muito
Para sorrir de novo

O tempo ajudou-me a sarar as feridas
As chagas da alma
Devolveu-me a paz, a serenidade
Superei a dor, agarrei-me à vida
E fi-lo por ti

Segui meu caminho
E numa oração eternizo o amor
Mantendo-te viva no meu coração

Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal
 
Cacos de lua

Nasceste para o mundo, com Paulo Afonso Ramos

 
Abre-se o mar à passagem
de ondas de espuma e marés
abertas ao sol e à lua
que se quedam em estrelas cadentes
incendiadas no teu olhar

Esse olhar ternurento
de quem abre o mundo...
Esse mar, envolto, foraz
que o teu corpo trás
de olhos rabugentos
e gritos expressivos...
Hoje! Nasceste para o mundo.

Solta-se o riso veloz
nas janelas da alma
enfeitadas de conchas,
e a calmaria nasce-te no peito
a cada novo respirar
no teu mundo perfeito.

Sorris. Nas dunas
entrelaçada nas areias de mim
há um luar que segreda
- "És tudo para mim!"
E a noite inicia a romaria
desse caminho sem fim...

Um dueto com Paulo Afonso Ramos
 
Nasceste para o mundo, com Paulo Afonso Ramos

A FLOR DA TUA LOUCURA

 
Anteparo;
Paro
Diante desse absurdo;
Surdo,
Perdido nesse abandono;
Dono
Da flor dessa tua loucura;
Cura;
Passa de mim tão distante;
Ante
Ao rosto do cruel destino;
Tino;
Julguei-te tão apaixonada;
Nada;
Só essa dor nauseabunda.
...

Frederico Salvo.
 
A FLOR DA TUA LOUCURA

O velho e eu Velho

 
Quis fugir do destino
Escondendo-me opaco
Na alma de um menino
Mas o velho é macaco!

Sabotei o tempo imuto
Com bombas de ilusão
Mas o velho é astuto!
E atirou-me a desilusão

Cortei amarras ao mundo
Tentando fluir na maré
O velho viu-me do fundo
Puxou-me, perdi o meu pé

Estava quase afogado
Cheio de fel borbulhando
Mas o velho é danado!
E fez-me viver chorando

Maldito velho desalvorado
Que vives em mim fechado
No gelo branco do pecado
Ateando o meu negro lado

Liberta-te de mim e sai
Vai para o teu covil aguado
Onde fechado está teu Pai
Leva-lhe este meu recado

Pois nunca mais cederei
Nunca mais serei manipulado
Caia a terra e eu escaparei
Num carro de vinho aguado

Rumo ao firmamento
Onde as estrelas riem
Desprovidas de vento
Agitadas, me sorriem

Sabes velho…

A terra é o espaço
Onde brilham estrelas
O céu apenas terraço
Onde vamos colhê-las

Onde podemos vê-las
Nelas nos apontarmos
No brilho ofuscarmos
Ansiando por tê-las

Mas eu apenas te tenho
Velho corpo e alma pingona
Que no tempo detenho
Para fazer esta paragona
 
O velho e eu Velho