Na direção do horizonte do silêncio,
Onde o vento tece histórias não contadas,
A alma se eleva em doce alento,
Entre sombras de luzes, tão delicadas.
Vi a vida pintando seus tons de arco-íris.
Cores que se esvaem, mas nunca morrem.
E os bichos, em segredo, falam ao céu.
Num idioma que só os próprios entendem.
A estrada é longa, mas o cansaço é breve.
Porém, a cada pausa, o peito alivia-se.
Quando o coração é sereno, a Deus se eleva.
Mais leve que a brisa, mais doce que a chia.
E no ar, só está um grito sem voz:
O meu próprio silêncio, a cantar a vós.