O rio aprende a despedida
com a paciência das águas que partem
lentamente
como quem sabe
que há beleza também em se perder.
O fim de tarde pendura-se nas árvores
como roupa lavada à espera do vento.
As cores não gritam.
Murmuram promessas
de um amanhã sem urgência.
No sussurro do mar
há lugar para todos os silêncios.
O teu
o meu
e o daquela gaivota
a conjugar o verbo observar.