Poemas -> Tristeza : 

Mas...

 
Mas...
 
Um ponto final repete-se reticente
E tão frio quanto consciente
Em três relutantes empurrões
Remete a finalidade para depois

Suspensa fica a palavra por um fio de pensamento
Porque a deixas assim? Tão vazia de sentimento?
Não vês que ela se arrisca a cair em meus braços?
Tão frágeis, tão sem amparo ou sustento?

Deixa que seja breve ainda que te pese
E que ao se cravar em mim te leve
Pois se é para morrer, esse "não" que eu nunca quis
Que morra livre em meu peito e morrerá feliz
 
Autor
TrabisDeMentia
 
Texto
Data
Leituras
1252
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
7 pontos
7
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/03/2007 23:12  Atualizado: 04/03/2007 23:12
 Re: Mas...
Acho este poema delicioso. O tema é dos meus favoritos como por certo já reparaste. Está muito bem conseguido o ritmo e a palavra, porém eu "não" teria aberto o jogo... ou seja deixaria esse vocábulo de negação, que se subentende no poema, oculto, ao designio do leitor.
Sem reticências digo.(ponto)


Enviado por Tópico
Valdevinoxis
Publicado: 04/03/2007 23:17  Atualizado: 04/03/2007 23:17
Administrador
Usuário desde: 27/10/2006
Localidade: Aguiar, Viana do Alentejo
Mensagens: 2097
 Re: Mas...
Tenho que dizer isto, Trabis... a primeira quadra de versos prometia mais do que o que deste a seguir. Ficou cru quando parecia que ia ser elaborado. Pareceu-me um poema politico, daqueles que promete tudo e depois deixa o pessoal a olhar porque se esperava mais!

Valdevinoxis


Enviado por Tópico
Ruben
Publicado: 05/03/2007 14:02  Atualizado: 05/03/2007 14:02
Super Participativo
Usuário desde: 12/02/2007
Localidade: Barreiro
Mensagens: 176
 Re: Mas...
Trabis, eu gostei muito, um começo fantástico.
Por vezes esses "poemas de gaveta" ficam desmembrados e dificeis de completar depois. Todos nós os temos, e muitos deles nunca sequer saiem da gaveta mesmo.
Abraço