Deslizas em espiral pela beira do pesadelo
Desgarrada medonha em forma de agonia
És filho imaturo de uma mãe que asfixia
Num rio de tormentas, por um filho, um apelo
Entrelaças a esperança por entre o feio novelo
Imaginas num relance que vistes a luz do dia
Mãe cativa chora lágrimas de alegria
Filho perdido abraçaste um duelo
Num rasgo de lucidez e desesperança
Agarras um raio de sol feito criança
Embrenhaste numa luta desigual
Entre o vicio, a dor o prazer imaginado
Numa seringa, na calma de um dardo
E essa mãe que reza, sua fé é abismal.
Antónia Ruivo
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...