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«« Mãe cativa ««

 
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Deslizas em espiral pela beira do pesadelo
Desgarrada medonha em forma de agonia
És filho imaturo de uma mãe que asfixia
Num rio de tormentas, por um filho, um apelo

Entrelaças a esperança por entre o feio novelo
Imaginas num relance que vistes a luz do dia
Mãe cativa chora lágrimas de alegria
Filho perdido abraçaste um duelo

Num rasgo de lucidez e desesperança
Agarras um raio de sol feito criança
Embrenhaste numa luta desigual

Entre o vicio, a dor o prazer imaginado
Numa seringa, na calma de um dardo
E essa mãe que reza, sua fé é abismal.

Antónia RuivoOpen in new window


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
arfemo
Publicado: 29/08/2009 22:37  Atualizado: 29/08/2009 22:37
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Usuário desde: 19/04/2009
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Mensagens: 4812
 Re: «« Mãe cativa ««
Belo poema Antónia sobre um tema a que por incompreensão ou leviandade muitas vezes tentamos não dar atenção. Obrigado por o ter trazido à colacção, e de forma tão delicada e cativante.

Bjins
arfemo