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Sacrificações

 
Uma eternidade passou,
desde que bradei aos céus o teu nome,
dilacerado em tempestades e ciclones,
nunca a tua voz ecoou,
semeio a revolta e os turbilhões,
o caos e os tufões,
nada em mim se preserva,
o que nunca foi meu nunca o será,
a minha vida já não se conserva,
golpeio e lincho as emoções,
salpica sangue das minhas sacrificações.

Uma eternidade passou,
desde que clamei aos ventos o teu perfume,
as tuas fragrâncias nunca estiveram em mim,
lacrimejei e gritei no tormento que se instalou,
promovo genocídios e frustrações,
a demência das dilacerações,
não me sinto em vivência,
o que nunca foi meu nunca o será,
anseio a destruição da minha essência,
abafo e mortifico as minhas sensações,
esguicha sangue das minhas sacrificações.

Tormentos que chegaram,
e para sempre ficaram.

Aflições que corroem,
e para sempre me destroem.

Suicídio que finda o meu suplicio,
derrama sangue do meu sacrifício.
 
Autor
Bruno Miguel Resende
 
Texto
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/04/2008 13:30  Atualizado: 04/04/2008 13:30
 Re: Sacrificações
Acredito que seu poema vá precisar de uma transfusão de sangue..."guarde os pulsos pro final...saída de emergência"(Pitty).

Seu poema tem imagens fortes, estimula sensações fortes e de impacto e o teor do suicídio no final, demonstra uma saída ilusória para tudo o que descreveu.

Gostei do tema e de como conduziu os versos. Desejo que seja apenas um poema, e não a sua realidade de fato.

bjs