Sonetos : 

Pousa em mim a sombra da morte mansa

 
Pousa em mim a sombra da morte mansa,
Oca a felicidade e desprezível,
Quanto mais são, mais moldam o invisível,
E elas mesmo serão mera lembrança.

Virá a sempiterna hora da vingança,
Levantada do mundo perecível,
Dentre ossos sem carne, com força incrível,
A alma ufana na ponta de uma lança.

Será desfraldada aos ventos bravios,
Escorrerá suor nos dias frios,
O seu pior inimigo é a saudade…

E até nesses corações pouco pios,
Que a todo o momento a descrença invade,
Do paraíso ao menos verão metade.

28 de Fevereiro de 2011

 
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ViriatoSamora
 
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