Sonetos : 

Ainda agora absorto aqui me sentei

 
Ainda agora absorto aqui me sentei,
Sob o manto da noite adolescente,
De olhar sorumbático, talvez doente,
Os ombros ao cansaço abandonei.

Tão clara a escuridão na minha frente,
Mesmo o dia que passou, enevoei,
Foi página não escrita, rasguei,
O absurdo que em mim vive tristemente.

Grande a espera pelo sono balsâmico,
Dádiva dum deus cristão ou islâmico,
Dando à vida o néctar do esquecimento…

Não cabe na morte o bem que apregoa,
Olhos fechados à mente que voa,
Sem reservar destino ao pensamento.

04 de Fevereiro de 2022


Viriato Samora

 
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ViriatoSamora
 
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