Hoje choram os lírios, porque morreu
O homem, poeta maior num mundo de actores
Tantas as palmas, as lágrimas os ramos de flores
Jeito de menino, sorriso aberto, a vida acabou
Não temam pelo actor, deixou-nos o apogeu
De uma obra que plantou, de todas as cores
Foi menino e soldado, cantou sonhos e canções
Foi rei da traquitana, apoteose, jubileu
Hoje choram os palcos, ficaram mais pobres
O pano caiu pela derradeira vez
O homem morreu, o actor engalanou de amores
As palavras que o poeta escreveu, com avidez
Em cada acto, do teatro das saudades
As luzes se apagaram pela milésima vez….
Antónia Ruivo
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...
Raul Solnado, 1929-2009