profundo azul
tenho para ti olhos tristes
que já não voam ao ver-te
tão longe, será que existes
ou só em mim posso ler-te?
vejo um céu que é todo teu
azul, tão puro. e a chuva
que cai em mim porque é turva
se de ternura me encheu?
e a gota na tua face
água profunda sentida
como eu queria que levasse
aos nossos lábios a vida.
mas esse azul tão profundo
falha terrestre sem Deus
queima-me mais num segundo
que o fogo de Prometheus
rouba este azul, vai titã
traz-mo num lírio do monte
na flor terna da manhã,
na estrela do horizonte.
(ouvir no vídeo este poema cantado)
Da grande página aberta do teu corpo
Da grande página aberta do teu corpo
sai um sol verde
um olhar nu no silêncio de metal
uma nódoa no teu peito de água clara
Pela janela vejo a pequenina mão
de um insecto escuro
percorrer a madeira do momento intacto
meus braços agitam-te como uma bandeira em brasa
ó favos de sol
Da grande página aberta
sai a água de um chão vermelho e doce
saem os lábios de laranja beijo a beijo
o grande sismo do silêncio
em que soberba cais vencida flor
António Ramos Rosa
Música e declamação de Afonso Dias, voz de Tânia Silva
Vídeo produzido pela TERESA TEIXEIRA (STEREA)
Grata a todos e parabéns ao josea pela inspiração e aniversário hoje (calhou bem )
As rosas são as saudades de amor 🌹
As minhas mãos são como as saudades de amor
Cartas escritas no desejo do teu corpo aveludado
Como as leves pétalas de rosas, seda e cetim
Feitas em poemas que repousam ternamente
Entre as nuvens e afagos da minha dor, do meu amor
Perdidas e esquecidas entre as fragas da vida onde
Os olhos cheios de mar, voz que murmura ao meu ouvido
Ternamente escrita no teu olhar, acorrentada na minha pele
Cala a mágoa quando falo de amor, inventa-me e invento-te
Mãos vazias no silêncio, onde esconde a minha dor, desamor
Palavras que gritam nas noites frias e silenciosas como uma rosa
Do tempo do amanhecer escritos no meu coração
Onde gritam todos os silêncios num doce olhar, sem te prender
Calor da tua voz a ternura do teu olhar um instante de paixão
A tua mão presa na minha mão o meu corpo ardente no teu
As rosas nas minhas mãos são como as saudades de ti meu amor.
👒🌹
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
Palavras soltas ilusões da vida 🌹
Sensual de paixão, voluptuoso e libertino
Solidão dos corpos, ilusões da vida
Sonhos loucos, olhares sombrios
Mágoas e angústias, espinhos das rosas
Poetas tristes, madrugadas vazias
Rostos frios, palavras sentidas
Maresia e vento, tempestades do inferno
Fogo da carne, mar imenso
Cegos do destino, escuridão da trevas
Sentimento de um poema, despido de mágoa
Infinito e intenso, perfumado no tempo
A chuva cai com força na lama
Lágrimas de sangue, dor
De todos aqueles que perderam a vida
Por uma causa, por um ideal
Luta desigual entre o aço e a carne
Entre a pátria, família, liberdade
Rasgada por dentro, carne sofrida
Sofrimento atroz, dor que arde
No fogo do inferno, sofrida depois da ida
Guardada depois da vida, dos mártires
Da guerra feita do aço e da carne podre
Sem alma, sem coração, sem honra, sem humildade
Homens sem esperança perdidos, esquecidos, com fome
Com frio, lágrimas de sangue que correm nas veias
Sem medo, sem nada, esperam a paz dada pelo aço.
ღ 🌹 ಌ
ღ 🌹 ಌ
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
A mulher mais linda do mundo [1]
Ti observo todos os dias
Meus olhos são somente para você
É meu coração quem ti quer
Você ilumina a minha vida
São palavras de amor expressadas por muito te amar
Você é extrema, em forma de estrela
A mulher mais linda do mundo
De o céu você surgir uma linda mulher toda brilhar
Acordo todos os dias com vontade de te beijar
Nunca querida irei ti esquecer, deixa-me te desejar
Para mim você é tudo
Nossos sentimentos são sentido pelo silêncio de nossas peles
Aqueles sentires sensuais, sensíveis
Com você momentos inesquecíveis
Eu te amo, eu te quero, te venero
Casa comigo, seremos felizes para sempre
Cada hora, cada segundo, instantes notáveis
O nosso amor são sentimentos memoráveis
Autor: martims
JOSÉ CARLOS RIBEIRO
06/06.2014
Gritei amor ....Tentei gritar o teu nome. 💕
O desejo cresce inseguramente na confusão da carne
Sem palavras, sem gestos com gosto a sangue e a carne
Na sombra e na calada da noite cresce o crepúsculo de um espelho
Na janela do quarto voa uma cortina de seda
Quando a noite destaca-se sente-se a carne que tem o travo
Da saliva, saliva sabe a carne desejada
Não existe o mundo lá fora só os nossos corpos
Genuínos e inalteráveis os gemidos de paixão e amor
Que corre como águas para os rios
Paz exterior das folhas que dormem no silêncio
na hora da posse quando a força de vontade ressuscita
Dentro de nossas almas ilumina-se
Com a luz da palavra despedida cresce tomando tudo
no teu regaço deitados nas noites, à luz das trevas
Gritei amor tentei gritar o teu nome
Para esquecer-me de ti sei lá porquê, não perguntes
Agora ouve, ouve meu amor, o meu fôlego
A chamar-te, a gritar por ti sente meu amor
Sente o meu silêncio a beijar-te não vás que o lume
Acabou de acender para nos devorar no escuro
Onde seremos eternos amantes como a alcateia dos lobos
Que a nosso lado pernoitam meu amor
🌹💕
🌹💕
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
Perdi-me nas sombras na chuva 🌺
Perdi-me nas sombras
Molhei-me na chuva
Desci ao inferno
Senti os seus horrores
Sombras perdidas na chuva
Onde abri feridas e rasguei as dores
Olho a janela
As gotas batem nos vidros
Sinto-me exposta aos temores
Perdi os sentidos e todos os amores
Corrói-me com o ácido no corpo
Porque ousei e desejei cheirar as flores
Jardim solto da minha alma
Desci ao inferno, senti os horrores
Perdi-me nas sombras, molhei-me na chuva.
Abra a porta
Para que entre
A luz da felicidade
❤️
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
Súplicas fado das palavras que dizíamos"🌺
Fado das palavras que dizíamos e já não dizemos
Palavras ditas, rimadas amadas, odiadas tantas vezes
Onde floresce um jardim de camélias que eu tanto amo
Jardim que está na nossa vida tão rica e perfumada
Cheia de encantos e desencantos, por culpa nossa
Ou de outros alheios aos nossos sonhos
A nossa vida, a tudo que é nosso
Fado que o vento varreu as nossas horas
Que mudam de lugar
Poesia fingida dos olhos da alma
Onde morremos mesmo sem morrer
Chegamos a partir mesmos sem partirmos
Mão nocturna que escava o silêncio entre a singela chuva
Que aldraba na lama as brumas de um cavaleiro sem amada
Fornalha de pão quente no forno da imensa fome
Do impenitente mendigo
Entre segredos de amor já reflectido surge o suplico
E desprotegido da imperfeição que os nossos olhos nunca viram
Línguas no espelho queimados do impenitente
Tempo tantas vezes perdido por nós esquecido
Toupeira que escavava entre o silêncio
Dos nossos sentimentos impuros
Rasgados nas brumas do nosso inconsciente feito em súplicas
Fado das palavras de uma penumbra sombra chocalhada, abafada
Do nosso sangue que amadurece como as uvas morangueiro
Que bebemos já fermentado o liquido doce dos deuses branco
Rosa, roxo néctar da perdição das almas!
A vida é e será sempre
Uma longa jornada
Neste caminho curto
🌼🌺🌻
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
Beijos cor de pétalas que se faz nas faces de nossas bocas
Nasce os algo plantado, que se descobrem no depois
Beijo cor de pétalas que se faz nas faces de nossas bocas
A saudade no rio de nossos lábios nos leitos dos seios
Fundem os mantos das flores que passeiam pelas ruas dos jardins de nossos olhos
Terras que se adubam com as lágrimas que os olhos choram
Segundos que se misturam com os minutos
Acontecendo os momentos onde os ponteiros passam
Olhar da noite que vem com os ventos, descendo pelas madrugadas, nos cantáveis amanheceres
Tintas que pintam os vitrais da vida, trazidas as cores pelos pincéis.
Ventos que se sopram, se despedindo do cais.
Ondas atrevidas que se quebram sobre o nosso oceano de amor
Somos viciado um no outro, somos lábios e bocas que se beijam apaixonadamente de maneiras loucas
Autor: martisns
JOSÉ CARLOS RIBEIRO
10.10.2014
https://www.youtube.com/watch?v=SkHA6Y55kh8&feature=player_embedded
Pendurei no estendal toda a minha dor 👒
Pendurei na corda do meu estendal
O meu lamento, a dor, o desassossego
Veio a chuva molhou-me, senti-me nua
Torci a roupa da minha saudade
Não há mais nada encantador
Que livramos-nos de tudo que nos faz mal
Não aceite maus conselhos
Não se deixe levar por palavras de desânimo
Existe sempre uma saída para qualquer problema
Por mais que nos pereça complexo e difícil
Não se esqueça que a nossa força está dentro de nós
Tenha sempre amor no seu pensamento
Ele o ajudara a vencer todos os obstáculos.
São as mais belas rosas
Que perfumam a minha vida
🦋💕
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
As folhas das letras atravessam os carris do destino
As folhas das letras atravessam os carris
Elas desconhecem as linhas do destino
Chegam à estação na vertigem do silêncio
Viagem atribulada feita na escuridão dos túneis
O poeta escreve nos caminhos mais nocturnos
A morte desvenda o mistério de um rosto triste
Os labirintos da alma são a solidão do corpo
Palavras secas no palato da nossa memória
No silêncio descrevo com esta sonolência
Poética onde invento ninhos feitos de ilusões
Palavras por escrever, por dizer tantas vezes
Sussurradas nas páginas brancas do poema
Dor sentida de lamento nas esquecidas letras
Onde atravessam os carris da nossa curta vida
Viagem atribulada esta a nossa, do destino incerto
A morte desvenda o mistério da vida mal vivida.
🍂
Isabel Morais Ribeiro Fonseca