Os calafrios
Na espinha
Os dedos mortos
No meu peito
As dores fortes
Nos meus olhos
A mesma distância
Que separa
O cóccix
Do alto da cabeça
E tu nesse estado
Onde recebes as graças
Todas aquelas
Que eu já conheço
E não esqueço

Os mesmos recados
Tão fortes
A afinar-me o sítio
De onde eu venho
Este pensamento frio
E esta mente
A esburacar os momentos
Onde te encontro

E eu tão triste e só
Sem saber onde cair
Se na noite que me tem
Se no dia que me foge
Enquanto desenho novas cores
Nos buracos do mundo
 
Autor
ÔNIX
Autor
 
Texto
Data
Leituras
983
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Índio
Publicado: 07/02/2011 17:30  Atualizado: 07/02/2011 17:30
Da casa!
Usuário desde: 23/12/2010
Localidade:
Mensagens: 493
 Re: Buracos
Dolores, apesar de melancólico o teu poema, não deixa de ser um magnífico poema. Gostei de ler. Sente-se que a solidão não fala sozinha.


Beijos


Joni