Sonetos : 

EROS E TÂNATOS

 
Tags:  SONETOS 1996  
 
EROS E TÂNATOS

Sinto na boca o gosto já dá morte.
Sinto-o meu sangue vindo das entranhas...
A mente se me perde ideias estranhas
E após morrer de amor, viver sem sorte...

Passo sem que ninguém mais me conforte
Em meio às minhas falas mais tacanhas.
Levado só por manhas e artimanhas,
Ao modo de quem faz da paixão esporte.

Do amor os infortúnios só eu tive...
E a vida corre como por penhascos
Um córrego que a quedas sobrevive...

Da morte que vivi, contive-me ascos:
Visto que d'essa dor jamais me prive,
Amando meus amores; meus carrascos...

Betim - 28 05 1996


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
Autor
 
Texto
Data
Leituras
806
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
14 pontos
4
1
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/11/2016 19:33  Atualizado: 16/11/2016 19:33
 Re: EROS E TÂNATOS
Ola poeta... Gostei.. Muitos destas palavras reflexiva e profunda neste brilhante soneto, aonde as perdas e as conquistas fala pela alma confinada de lembranças em que a falta o os sentimentos Foram predestinados em uma trajetória aniquilada. Abraços pata ti... meu nobre poeta.


Enviado por Tópico
Tonton
Publicado: 16/11/2016 20:18  Atualizado: 16/11/2016 20:18
Colaborador
Usuário desde: 13/09/2016
Localidade:
Mensagens: 612
 Re: EROS E TÂNATOS
lindo