Sonetos : 

Na tua despedida o adeus foi breve

 
Na tua despedida o adeus foi breve,
Suspensa a coragem, o medo imenso,
O rosto inerte e pálido de neve,
Desfez-se a tua luz no ar tétrico e denso.

Vem a morte, entra e por aqui se serve,
Sobrevivo ao instante em que me venço,
Não há honra no espectro que se atreve,
Não sou do mundo e nem a mim pertenço.

Todo o momento é para sempre ou não
Fosse o tempo cobarde e vil ladrão,
Dando em minutos e roubando em horas…

E assim se define a desilusão,
Bem têm os ponteiros um par de esporas,
E os espinhos adoçando as amoras.

02 de Junho de 2010

 
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ViriatoSamora
 
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