Sonetos : 

No gelo nocturno, numa clareira

 
No gelo nocturno, numa clareira,
Várias sombras da não existência
Saúdam dançando a mais presente ausência,
À luz crepitante duma fogueira.

Crê-se no vácuo e na transcendência,
No sonho que se busca a vida inteira,
Na causa da pergunta pioneira,
Na génese remota da demência.

E o fogo vai ardendo em lume brando,
Espantando os insones animais,
Autofágico em solidão crescente…

Outro mais forte o breu virá queimando,
Pincelando a cores originais,
O mundo que assim vemos de repente.

05 de Julho de 2010

 
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ViriatoSamora
 
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