Sonetos : 

O fim do mundo vem quando adormeço

 
O fim do mundo vem quando adormeço,
Nos braços magros de quem já não és,
No teu colo em que fui, desapareço,
Passo pelas essências resvés.

Dura o sono um conto de zero a dez,
E quando acordo do sonho me esqueço;
Corro a memória de lés-a-lés,
Não estás, tudo existe e desfaleço.

Afinal as pálpebras escoradas,
Quanto me transformam bom e pacífico!
Dão-me o cansaço, mas assim prefiro…

O repouso das noites adiadas,
Chegará num dia de sol, magnífico,
E no seu ocaso ouvir-se-á um tiro.

23 de Julho de 2010

 
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ViriatoSamora
 
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