É companhia a solidão do poeta,
Única amiga e única amante fiel,
Presente em cada início, em cada meta,
Animando-o com palavras de mel.
Quase imperceptível, de tão quieto,
Tem a força indómita dum corcel,
E a vertigem da faca que se espeta;
Faz-lhe vibrar a alma, mas é cruel,
Ninguém mais o entende, só quem o sente,
E arrastando sensações segue em frente,
Preenchendo o vazio com o seu eu…
Nenhum coração assim se desmente,
Tão verdadeiro e louco, quase doente,
Sobrevivente num mundo só seu.
27 de Junho de 2011
Viriato Samora