Te spero na rua, no bar, sem paz,
Cada ponte, e a cidade segue sua;
O silêncio acende a luz da lua;
Desfazendo, enfim, cada vez mais.
Em cada praia, és sal, és areia;
Na avenida, teu rastro é de vento;
Espero no ponto, o movimento;
Saudade em mim tece a sua teia.
Liga! Te procuro em cada ponto;
Mas teu silêncio é um sinal fechado;
Eu sigo a pé, sem pranto, sem conto;
Em toda esquina penso em voltar;
Mas meu desejo vai além do final;
Com beijo e sim ao som do mar.
Souza Cruz