Como é fácil me rir, pular de alegria Sonhar com tanta fantasia E a seguir tropeçar, cair, bater no fundo E chorar num poço profundo
Como é fácil brilhar e sem saber porquê Me ver frente a um espelho que não me vê Mas eu desvio os olhos que ninguém viu E me procuro, me cego no escuro
Quantas vezes me afogo aqui sentado Esperando uma mão, esperando um abraço Que não vem e eu preciso de alguém A meu lado
Mas cada vez que morro nasço mais forte Pois enfrento esta vida como se enfrenta a morte Respiro fundo e tento ter calma E prendo os meus lábios como quem prende a alma
Como é fácil estar bem e amar a vida E até fingir um sorriso na despedida Mas a saudade nunca tem horas pra chegar E se amarra ao meu peito sem me avisar
Eu bem sei que aqui é o meu lugar Do lado de dentro, do lado de cá Mas até que me encham de terra sonharei com cor Neste mundo de sombras, neste poço de dor
(E é tão amargo o sabor, mas é tão doce a lembrança chorar faz bem quando se tem esperança)
Este poema vem acompanhado com música composta e interpretada por mim. Clique no play para escutar. Obrigado :)
Diz-me. Em que rua estavas, quando passei, sem que reparasse em ti! Diz-me. Em segredo, todas as coisas que mutilam o teu desejo e que, assim, encobrem a alegria do teu rosto. Podes contar-me tudo o que quiseres, desde que o teu olhar sorria e a tua boca se encha de palavras quentes, para que as deites cá para fora, onde estarei, pronto, para as receber e partilhar, assim, as minhas emoções para que se unam com as tuas. Diz-me. Diz-me que deixas o teu coração falar. Diz-me que não impedes o teu sentimento de se mostrar. Diz-me que procuras a felicidade, e que, quando a encontrares, saberás reconhece-la, agracia-la e guarda-la. Diz-me que não tens medo de ser feliz! Diz-me que nunca esquecerás as letras que usas para construir o mundo, nem que seja, apenas, o teu mundo… Diz-me tudo! Diz-me… que eu serei um ouvinte activo, liberto de preconceitos, para que entre as tuas palavras, possa sonhar as minhas e assim, construir o meu mundo também. Mas, diz-me! E mesmo que queiras o silêncio, diz-me, por gestos, ou por imagens, para que encontre uma ponte neste caminho minado. Será como que um fortalecer, entre murmúrios, que outras almas porfiam em fazer acontecer. Diz-me. Diz-me que deixas o teu sorriso fluir. Diz-me que te libertas de mim, de ti, e que, assim, consegues ser a essência. Não tenhas medo de nada. Diz-me…
Um café! Acordou-me devagar, ainda não refeito de uma noite dormida à pressa. Dei os primeiros passos cruzando-me com pessoas conhecidas, que, alegremente, me davam um inusitado “Bom – Dia”. Respondi a todas com um gémeo cumprimento. Ficou-me a energia, revigorante, das pessoas com que me cruzei! Meditei… antes nunca tinha pensado nesses pormenores, levava a vida a correr, num contra relógio contra o tempo, o meu tempo, em suma, contra mim. Deixava passar os minutos, sem reparar neles, apenas reparava em algumas horas porque a sociedade me habituara aos horários preestabelecidos… Não era eu! Não o verdadeiro eu… Mas naquele dia, tudo seria diferente, mesmo que o meu exterior não o revelasse, mesmo que o meu rosto não o expressasse, era um dia diferente. O dia da consciência! O dia que quebrava a barreira das oposições e conseguia entrar na essência do meu Ser, concedido pelos meus semelhantes que comigo conviviam diariamente. Um café, mais um, para competir com tamanha alegria que sentia. Tinha-me revelado. Finalmente tinha entendido o sinal…o simples sinal de que podes ser tu mesmo se assim quiseres! De alegria incontida, procurei-te, sim a ti que lês as minhas singelas palavras, a ti e a ele, e a ela, pela mensagem que não cheguei a mandar e pelo telefonema que pensei fazer, pelo e-mail que ficou por escrever, pelas várias possibilidades… mas acredita que te procurei, sei que sentiste essa energia e não ligaste, um arrepio, um vento suave ou um calor passageiro, era eu a tentar abrir a linha da nossa comunicação para te questionar, livre e abertamente, sem malícias ou secretos desejos, sem que fosse preciso uma resposta pronta e composta… e no tempo livre que gastei a viajar pelas pessoas, uma a uma, adornando as suas qualidades, deixei-me ficar aqui, sentado neste banco de jardim, etéreo, de lápis na mão a escrever no meu caderno dos desejos… vezes sem conta a frase repetida na minha mente… Já? Já te? Já te disse? Já te disse hoje? Já te disse hoje que? Já te disse hoje que gosto? Já te disse hoje que gosto de? Já te disse hoje que gosto de ti? Já te disse hoje que gosto de ti? Já te disse hoje que gosto de ti? Já te disse hoje que gosto de ti? E o meu pensamento, afectuoso, sussurrou ao teu ouvido…
E é assim... A mesmice apaga o fogo, e frios... caminhavam. Fugindo de envolvimento. Desacreditavam... Até a libido congelou.. Mas de um ponto qualquer do mundo o sol a presenteou Com esses olhos tristes de menino perdido Que agora se achou... Amor... Coisa louca, ilumina Na seqüência, desatina. E foi assim... Dia apos dia... Ela, que já não acreditava, para crer que seria possível Teve que digerir que não era mais sozinha. Envolvimento maior a cada dia... De repente, tudo muda , a uma pessoa pertencia... E com esta tal de saudade... Sabia que conviveria. Agora?! Vai pra cama. Presença viva na memoria. Na boca a vontade do gosto do beijo Na pele... Queria tatuado o corpo dele.
Transmito o egoísmo doutro, transcrevo-o e o narro, esse outro que me imita e plagia. Encontro nesse facis o verbo e a sombra, com os quais me escondo do Sol, embora ele sempre me encontre. Dou recado à sua presença, na esperança de mais um fonema e dou por mim a falar sozinho. Copio-me.
Tenho de parir mais um verso e, em cada contracção, respiro devagarinho e sopro velas que se apagam, que se queimam. No momento da expulsão o sangrento verso não chora, somente expele mecónio. Cada palavra arrancada a ferros sai deformada. A hipóxia fez-me perder o dia, fecho as pernas.
O plástico das minhas mãos, prótese alfabética, retorce-se na fruta que não consigo trincar, as flores que não têm cheiro, nos manequins nas lojas que não riem; e nos poemas que escrevo com a mesma marca falsa que sinto ao não sentir e invento hipócrita e baixinho.
que nesse ano, veio me prestigiar, que meus rabiscos, gentilmente leu, espero, novamente de encontrar, nesse novo ano, que entre nós ja nasceu.
Desejo ,
e quero continuar seu companheiro, lendo o que voce escreve, poema ou carta, desejo em seu bolso, o suficiente em dinheiro, e que sua mesa, seja sempre muito farta.
Quero,
e desejo ver realizada sua fantasia, sei que não e a fonte da juventude, o que desejo? Inspiração para a poesia, e um montão, muita fartura em saúde.
Desejo,
que prá voce, nunca falte um espaço, para receber o que chamo de felicidade, agora estou te enviando meu abraço, como prova, de minha sincera amizade.
Pelos becos dos meus pensamentos caminha Sabe como me conduzir, e meus sonhos decifrar. O efeito sobre mim é entorpecente e envolvente, Quando te sinto em meu universo passear...
Descubro-te, encontro-te e o tempo parece parar Sinto teu olhar, que sonda meu interior, me desnuda... Digo coisas que nunca disse, tal como pede o coração. E com o mesmo poder, me tira as palavras, fico muda.
Supre meus dias entediados, e faze-o com extrema altivez. Mostra-me as estrelas nas minhas escuras e longas noites. Faz-me crer no “Pra sempre” das historias de “Era uma vez”.
Alegria que faz doer, para em seguida, ser pura languidez. Tão assim, uma etérea mistura, entre sublime e carnal. Fusão de desejos, como querer ser anjo apesar de mortal.
Glória Salles
Resposta ao Júlio a propósito de uma citação do Paiva " quem muito comenta....!
Talvez seja deformação profissional, mas leio e comento muitos poemas e alguns nem entendo muito bem o que querem dizer mas tento sempre ler e dizer algo construtivo.
Uns poetas escrevem melhor do que outros, é indiscutível, eu não sei escrever, nem todos tiveram as mesmas oportunidades, nem todos temos veia poética, mas as pessoas aprendem e melhoram com o tempo,com a leitura de outros poemas.
Eu aprendo diariamente e se não lessem e consequentemente comentassem as minhas "coisitas" já cá não estava, isso garanto e ando cá há mais de um ano.
Penso assim, desculpem. Não somos profissionais, falo por mim, quem não precisa de incentivo não precisa de leituras nem do site.
Podem perguntar: - Mas quem és tu, para dizeres isso tudo?
Pois, não sou ninguém, sou um zero à esquerda nestas coisas de palavras com sonho e magia, mas apeteceu-me dizer e disse.
E só digo mais uma coisita, digam muito, digam pouco ou nada, mas escrevam e soltem o ganso!
Agora vou fechar os olhos aos berros e os ouvidos ao pensamento...
Pedra nobre, bela, pura, Em teus olhos encontrei amizade Da mais verdadeira que existe. Rara pedra, de tão pura, Amiga do meu coração!
Força e beleza engrandecem, Iluminam o teu ser, Luz de encanto, grande estrela Orgulho-me de te conhecer! Sem ti éramos mais pobres O dia não teria tanto encanto, Faltaria cá o Sol. Amigas como tu são raras, Levar-te-ei sempre no coração!
A ti Pedrinha! Porque mereces por seres quem és e como és!
A Ridícula Ridicularidade do Ridicularismo Poético
Verso estranhamente ridículo Este que arrebatei de seu pedúnculo, É de amor que fala ou escreve, ou lê! Um poema feio, qual furúnculo, De ridicularismo... ridículo.
Nasceu corcunda e ridicularizado De verruga asquerosa no ponto final Armado em bom, triunfante excremento, Caído do alto de seu pedestal, Inconsequente rabisco amantizado.
O ridicularismo do seu riso É algo... inigualável, impensável, De grotescos arrotos saídos em harmonia Flatulência bárbara e intratável Pior que dor em dente de siso.
Consporcado na ridicularização das pessoas, Gente de bem que não fala de amor... Gente de gabardina sebenta e cabelo oleoso, Atira-se feliz para a sarjeta sem pudor Esperando poesias melhores, ou mesmo boas.
Queria ser como a rosa azul Viver meramente um dia Ser a tua primavera, o teu Verão O teu Outono, o teu Inverno Sentir a fragrância da tua pele, Tuas mãos docemente no meu rosto Com a macieza das pétalas azuis. Sentir o prazer de ser especial Somente um dia, que importa Como a rosa azul
Afogar a saudade no sabor do teu odor Saciar o sonho perdido num olhar ardente Mergulhar na limpidez orvalhada Que afaga as tuas pétalas imortais Diluir–me na imensurabilidade de ti Um dia, uma vida, uma eternidade. Morrer e renascer como a rosa azul
Como é possível que eu te sinta Sem nunca te ter tocado Sem nunca te ter corrido Com as mãos o corpo, o pescoço Sem os teus lábios ter beijado? Como é possível te ver ao lado Tão presente, De corpo tão quente Sobre o meu debruçado? Como é possível poder Ser tudo o que queria ter sido Ter tudo o que queria ser tido Sem ouvir de ti Esse amor não dito? Serei eu o mito que alguém sonhou? Serei eu o "por vir", O que não aconteceu, O grito que não valeu? ...Serei eu?
Sou, No resto do meu mundo O teu gesto mais profundo.
Dominas-me voraz Sem que entenda o sentido Dos versos que trazes Na boca que beija Em carícias longas O brilho do sol.
Sou apêndice sôfrego De um poema.
Pacifico-me na tua voz Que embala o desejo De ser letra do teu corpo, E rasgo a folha imerecida Que te sustém, Com a fúria decomposta Da improbabilidade De te possuir.
Contempla-me Na prateleira exposta No extremo do segmento.
Muitas vezes no recreio da escola sentava-me sozinha no degrau da porta que dava acesso a uma das salas de aulas. Ficava ali inerte, a observar os meus colegas a brincar, como se ficasse anestesiada com aquela saudável algazarra, que no entanto me parecia passar ao lado. Observava com alguma apatia o rodopio incessante dos meus colegas, e por vezes sorria para dentro de mim das suas infantilidades. Tinha a idade deles, mas estranhamente sentia-me mais madura, o que foi sempre uma sensação terrível. - Lembro-me que alguns brincavam à apanhada. Outros, entretinham-se a ver rodopiar os peões que eram jogados com mestria no pátio da escola. Os peões com uma perícia inacreditável, giravam... numa dança de ballet sobre si mesmo, e eu quase que ficava tonta dessa dança incessante que ia acompanhando com os olhos.
As professoras, em dia de sol, tagarelavam entre elas enquanto iam espreitando os seus meninos a brincar, numa euforia de pardais recém-nascidos. Lembro-me que a professora Eduarda, (que parecia pressentir a minha tendência para o isolamento,) me sorria muita vez quando me descobria sozinha, naquela inércia de mosca assustada. Por vezes ia ter comigo e dizia... " vai brincar, querida, vá lá...! Eu acenava "um não teimoso" com a cabeça, mas sentia-me feliz que ela se preocupasse comigo. Ainda hoje, quando regrido no tempo e relembro essas passagens da minha vida, revejo os olhos azuis da professora. E sinto uma saudade enorme, um carinho intransformável! - Recordo-a no seu sorriso sereno, como se mergulhasse no mar de um passado demasiadamente longínquo, onde as memórias permanecem intactas. As recordações desses tempos da escola reflectem-se no fundo da minha alma, num saudosismo e carinho intraduzível. Por isso hoje, professores, me apeteceu falar e escrever para vocês! Tenho o maior respeito e carinho pelo vosso trabalho, pelos valores que nos incutem e pelos ensinamentos que nos servem depois de base para que prossigamos na sede de maior aprendizagem.
Entristece piamente que alguns... (demasiadas pessoas) não tenham a percepção da importância que um professor ou educador de infância poderá ter na formação de uma criança e quantas vezes (ainda) na sua estabilidade psíquica. Comigo aconteceu isso, por isso o testemunho hoje. Muitas vezes a criança revê na professora a mãe ausente. Recebe dela o companheirismo e o afecto que não tem em casa, por variadíssimas razões. Esse foi o meu caso, em tempos áureos. A minha mãe levantava-se nesses tempos difíceis, de madrugada, para ir trabalhar. Pouca disponibilidade e disposição tinha para me acarinhar. Sendo como fui ( uma criança extremamente sensível), acabei por projectar na professora primária,a necessidade da sua atenção redobrada, e foi nessa reciprocidade fantástica que me fui soltando e libertando da tristeza que parecia acompanhar a minha tenra idade. Para além desse aspecto fundamental foi da minha professora primária que tive o maior incentivo para fazer o que hoje faço quase por necessidade. "ESCREVER"! Nessa perspectiva feliz, só posso ter o maior respeito e admiração pelos professores. Por isso, acima de tudo por isso... lhes dedico este texto e o poema. - NINGUÉM JAMAIS PODERÁ RETIRAR-VOS A IMPORTÂNCIA DE SEREM OS GRANDES RESPONSÁVEIS PELOS HOMENS E MULHERES QUE AJUDARAM A FORMAR. Bem hajam!
Professor/a eu aqui te homenageio Com cravos já que se aguilhoa a liberdade Não desistas da luta nem emudeças o receio Pois é imperecível a tua vontade…
A perpetuidade floresce nas tuas palavras Na dádiva magnânima do teu saber Pintas o mundo às cores enquanto ensinas Num ABC persistente que ajuda a crescer!
Com cores berrantes traduzes a natureza Em desenhos geométricos repletos de magia Falas das letras, matemática ou biologia Como quem conta aos meninos uma história.
Quantas vezes esqueces a tua própria luta Ou fazes das tuas palavras um acto de heroísmo Ao desprezo ignóbil dos governantes, respondes Com o sacerdócio e abnegação do teu ensino!
(VÓNY FERREIRA)
NOTA: - Todos os meus poemas, contos e prosas estão registados na SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES e IGAC / Último registo em Fevereiro 2009
Nem os vendavais afrontam os canaviais nem as pragas derrubam as vontades nem todas contrariedades (deste insano mundo) destroem o nosso caminho.
E assim juntos conseguimos ver a alegria das luas sentir a força do sol como salutares inocentes…
E na simplicidade do estar em que nada queremos pedir basta-nos dar, um gesto sincero num sorriso oportuno sem pensar na malícia de um outro olhar…
Como crianças desfrutámos esta harmonia da nossa vida exposta sem rodeios ou artifícios…
Sabes porquê? porque sabemos o verdadeiro sentido extraído, da palavra, com que brincamos porque sentimos quem somos e sem qualquer mácula brindamos em alegoria ao nosso estado fortificado… Sabes? Afinal tudo é tão simples basta-nos, apenas, sermos amigos…
Um dia, algures na Net, alguém encontrou o meu blogue e deixou um comentário para que visitasse o Luso-poemas. Foi o que fiz e foi amor à primeira vista. Senti-me em casa e entre pessoas com um prazer comum, a escrita. Tudo aconteceu muito depressa, sem conhecer alguém, fui convidado para Moderador do Fórum e pouco tempo depois para Administrador. Entretanto conhecia algumas pessoas, com quem tive o prazer de conquistar a amizade. Umas, mais que outras, ritual da vida, mas em que a escrita se envolvia e nos alimentava o desejo de conquistar objectivos, partilharmos e divulgar o que nos unia. Dei o melhor de mim, nas funções que me confiaram mas podia ter feito mais e melhor. Dei o melhor de mim, no que escrevi e partilhei, mas foi pouco porque não tinha mais para dar. Dei o que devia dar, em cada comentário que fiz, porque era o que naquele momento sentia. De nada me arrependo. Tudo o que aconteceu foi maravilhoso e até nas coisas menos boas que me aconteceram, eu aprendi e cresci. Tenho o privilégio e consciência de que devo sempre agradecer a este site por essa aprendizagem e crescimento. Agradeço assim, também e de forma indirecta, a todos os Luso-poetas que aqui passaram e já saíram e aos que por cá continuam, porque percebo que todos foram importantes para o site e por consequência, para mim. Em cada texto que li encontrei um pedaço de bom saber e agarrei-o. Hoje, existo com um pouco de todos vós. Já nem sei passar sem uma visita á nossa casa ou sem uma interacção com os membros desta grandiosa família. Uns mais, que outros, é assim que dita a lei da vida. Insisto eu outra vez. Sempre com a escrita na mente. É a escrita que nos UNE. Seja em poesia ou em prosa ou noutra variante qualquer. Não é a polémica ou a necessidade de confronto. Lamento que essa realidade não prevaleça sempre e que possa existir alguém disposto a criticar, duvidar ou a denegrir. Não compreendem a dor, que provocam e não sentem. Não percebem o esforço, oculto, mas que lhes dá o espaço onde se expõem. Não foi para isso que vim. Não foi para isso que troquei outros prazeres da vida em prol de um site que amo e dos utilizadores que respeito. Foi pela escrita! A mesma que nos faz vir cá cada dia, um atrás do outro e por um tempo indefinido. Quero devolver, quero que devolvam, ao espaço o que ele merece. A escrita! E tem que ser num esforço conjunto, sem maiores ou menores, sem grandes ou pequenos, mas apenas como entusiastas e amantes da escrita. Aos amigos, uma palavra de gratidão e a minha amizade intacta. Aos Lusos, o meu obrigado por tanto que me têm dado. A todos o meu desejo de que tudo de bem aconteça e que, se amam a escrita, que lutem por ela em prol do seu próprio umbigo. Não quero polémicas. Escrevo-vos para que salvem a escrita e o espaço que ainda existe. Afinal, é a escrita que nos unia. E é a escrita que continuará a fazer crescer esta UNIÃO! Obrigado a todos.