Poemas, frases e mensagens sobre angústia

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares sobre angústia

A angústia não deixo entrar

 
A ANGUSTIA NÃO DEIXO ENTRAR

Anda rondando a angústia
Noite e dia, sem tréguas dar.
Vou consumindo inquietações
E ela à viva força querendo entrar.
Vou escrevendo só por escrever
Dou a mim mil razões
Para a razão de viver.

E é sempre este estar e não estar
Vou assim o tempo ajeitando
Fazendo perguntas sem resposta
Fingo estar dormindo e sonhando
Mas a Vida? Não se compadece,não mostra!
Ficam assim as palavras livres
de se soltar,
Às vezes se soltam como balas
Causam-me dor e mal-estar.

Sinto agora que me estou castigando
Tanta emoção!?
Meu pensamento, relembrando.

Hoje lavo minhas preocupações
Escrevo apenas palavras
com aroma de flor,
Deixo-as a pairar no ar
Mimosas, como quando criança,
chamava meu pai
de MEU AMOR; MEU AMOR.
Mas, desta vez?!
A angústia não vou deixar entrar.
Nem lágrimas irão rolar.

rosafogo
 
A angústia não deixo entrar

Solidão

 
 
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Solidão

Ah!
esta angústia
de ser
somente
o estúpido ruído
das paredes
à prova de som

Luíz Sommerville Junior

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Solidão

Sobre cigarros e homens

 
O cigarro pende preguiçosamente entre meus lábios. Está apagado, claro. Há muito que sou um ex-fumante. Já se passaram quase 2 semanas sem cigarro. Duas semanas que para mim duraram mais do que o Império Romano.

"Pare de perder seu tempo - ou melhor, nosso tempo", ouço em minha cabeça.

Retiro o cigarro da boca e o coloco de volta ao maço. Ele, o maço, está quase cheio. Foi o último maço que comprei. Em vez de atirá-lo na lixeira quando resolvi parar, achei melhor mantê-lo por perto. Se foi para provar que a mente é mais forte que a carne, ou se meu subconsciente duvidava de minha capacidade de largar o vício, não sei. E, sinceramente, não importa. Duas semanas. Isso que importa. Fodam-se os romanos.

"Duas semanas miseráveis, se me perguntar. E o que você tem pra mostrar? Nada!", a voz mais uma vez intercedeu.

Atirei o maço pra cima da mesa. Estou deitado no chão da cozinha. O chão está tão frio que fez meus testículos enrugarem de tal forma que achei que fossem esgueirar-se pra dentro do meu corpo. Vejo uma barata grande e nojenta na parede, parada sobre uma mancha amarela de gordura. Alheia ao meu sofrimento.

"Já se perguntou como deve ser fumar uma barata?". Certo, isso está ficando estranho. Preciso de um banho.

A água fria me atinge como uma marreta, exorcizando meu corpo de todos aqueles pensamentos. Ao menos por alguns segundos. Fecho o chuveiro, apanho a toalha e saio. Antes que possa começar a me enxugar, me ajoelho na frente da privada e vomito o pouco conteúdo do meu estômago. Recosto-me na parede e passo as costas da mão sobre meus lábios. Estão secos e machucados. A mania que sempre tive de os mordiscar havia se intensificado nesses dias sem cigarro. Preciso tirar esse gosto de vômito da boca. E, para isso, nada melhor do que...

"Do que um... Do que um... Vamos, vamos."

Um copo de refrigerante.

"Ora, vamos..."

Sim, é isso. Corro para a cozinha, molhado e seminu. A barata ainda está lá, e sua presença agora me parece jocosa e ofensiva. Apanho a garrafa de coca-cola, um copo e vou para a sala.

Bebi a garrafa toda em menos de vinte minutos e fiquei enjoado. Volto ao banheiro. O maço de cigarros estava sobre a pia. Eu o apanho.

"Eu te perdi mesmo, não foi?"

Sim. Estendo o braço sobre o vaso sanitário. Fecho minha mão em volta do maço o mais forte que consigo. Assim fico por um ou dois segundos, e então abro os dedos. O maço cai pesado, direto para o fundo da privada. Segue-se um longo e doloroso adeus. Puxo a descarga.

Minha cabeça dói. Preciso dormir. Mas antes vou matar aquela maldita barata.

"Se disserem que nunca te amei
Saberá que estão mentindo"

- The Doors, L.A. Woman
 
Sobre cigarros e homens

Pai

 
Nunca pensei porque te levantavas tão cedo todos os dias
Mesmo quando era domingo, acordava e tu não estavas.
Pai, nunca pensei porque tinhas que ir e voltar meses depois
….agora sei, e agora dói
Pensei que fosse possível deixar a dor nas palavras
Em cada letra, escrevia
Pensei que fosse possível deixar a dor na música
Em cada nota solta, então cantava
Pensei, eu juro que pensei que pudesse deixar a dor na tela
A cada pincelada, então pintava
Pensei, afinal para que serve tudo isso se não sai
Se me amarga o peito, doi, doi doi
A cada lágrima a dor aumenta
Quem inventou isto, quem…
Nas letras mais complexas das notas mais difíceis a pintura mais crítica
Porque, porque, porque!
Como uma seta no peito choro por todas as razoes que nunca entendi
Da tristeza a repulsa , do que sou e quero ser o que esperam de mim e o que posso dar,
Porque nada e certo e tudo parece errado
Pai, tenho saudades tuas.
Admiro-te tanto.
Desculpa
 
Pai

Triste lembrança minha

 
Escondida
No reflexo
Dos meus
olhos la
Estavas...
Tão linda
Miragem delirante;

Preciosa aos
Olhos nus...
Uma flor irradiante.

Abalaste meu coração me tornando em instantes(...)

Num homem sonhador,
com um menineiro errante.

Dos crimes que cometi...
Foi um dia ter
Te amado.

Ao cair em teus braços ...
Como louco apaixonado.

Entender teus sentimentos...
Foi essa minha sentença.

Ao saber que meu amor...
Por ti não fez diferença.

Perdi as lembranças
Do teu amor...
Algo que em mim não restou.

Nem se quer existia...
Apenas a solidão.
Que em meu peito ainda ardía.

A tristeza e o que sobra...
Amargura e o que fica.

A uma semana no quarto trancado sem ver a luz do dia...

Foi bom!
Pois conseguir sentir o amor da propria poesia.

(Pikeno poeta)
 
Triste lembrança minha

Desassossego desnorteado

 
Desassossego desnorteado
 
Algo cruel,
invade os meus pensamentos…
Só encontro mesmo este papel
sempre disposto aos meus tormentos…

Num olhar alagado,
me encontro…
Num sorriso agora apagado
me defronto…

Água salgada
me percorre o rosto…
como se atira-se água gelada
sobre fogo posto.

Nadando em lembranças
nas tuas doces palavras
por que anseio,
dispo-me destas lideranças
agora escravas
o trilho já não é meu planeio.

O meu corpo trémulo,
transpira melancolia…
Sinto-me num tumulto
interdita de qualquer alegria.

Recuso-me a sorrir
sem saber se estás bem.
Escuso de ir
ver mais além…

De pele arrepiada
de pestanas permanentemente humedecidas
rogo pela vinda daquela Fada
e das suas destemidas.

Surpreendendo-me a mim mesma
pelo meu estado elevado de preocupação,
pouso aqui sobre esta mesa
todo o pudor do meu coração.

Suspiro orgulho
por me sentir protegida
mas agora apenas mergulho
e procuro desesperadamente a sua vinda.
 
Desassossego desnorteado

Nos regaços da melancolia

 
Nos regaços da melancolia
 
 
Sentada feita moribunda
à porta da catedral
num vestido branco que me desnuda
choro segurando um castiçal.

Uma pequena luz que abafo
com um suspiro de melancolia
nos meus lábios um agrafo
depois de contigo levares toda a magia.

De vestido rasgado
de maquilhagem escorrida
de rosto apagado
estava na hora, na hora a tua partida…

O vento sopra-me os cabelos
a chuva, chora-se no meu regaço
neste tempo voam os belos
deixando um coração em despedaço.

Não te lembras do nosso primeiro olhar?
Dos nossos quereres e sentires
apaixonados?
Porque não me canso de te procurar
depois de partires
com tons irados?

Rasgo este vestido
desmancho rosas negras
em pedaços de vida…
Musgo outrora atrevido
agora um despacho de prosas, pedras
numa montanha esquecida.

Deambulo, acabada
de rastos ou não!
Levito sonâmbulo
de alma chorada
de coração na mão.

Imagem retirada do Google e editada por mim. Video do Youtube.
 
Nos regaços da melancolia

INQUIETAÇÃO

 
Sinto a alma negra de tristeza!
Um grito sai de mim em agonia
Lá fora, a chuva cai, gelada e fria
Escorrendo nas vidraças sem beleza…

O vento fustigando chora e reza
Em prece pelos que estão em sofrimento!
E a chuva gelada, que a chama o vento
Encharca a minha alma de tristeza…

Porquê chuva? Esta angústia em mim existe?!
Porquê vento? Esta inquietação em mim persiste?!
Porquê frio? Este destino negro o nosso!

Que tristeza! Que solidão! Que tortura!
Não consigo gritar ao mundo esta amargura
Digam vós! Chuva, vento, nuvem…que eu não posso!!...

Mário Margaride (Gilberto)
 
INQUIETAÇÃO

Poema sem nome

 
Poema sem nome

Outono querido
Momento doído
Teus ventos me despem
De folhas diversas
Aquelas secas inúteis
E as de cores fúteis
Me despem teus ventos
Roubam-me a alma
Fazem-me estéril.
Estação preferida
Por que tão doída?
Aos meus pés as vejo caídas
Inúteis e fúteis medidas
Que alimentarão certamente
Minhas raízes crescidas.
 
Poema sem nome

Veterano das Guerras do Fumo

 
Veterano das Guerras do Fumo
 
Espantoso como, mesmo após tanto tempo, a sensação ainda era ridiculamente familiar. A fumaça, a tragada... Era como se o intervalo de quase meia década simplesmente não tivesse acontecido. Como andar de bicicleta, alguns diriam.

Uma bicicleta mortal.

Recostei-me e soltei a fumaça pelo nariz.
Sempre gostei de fazer isso.

"É como voltar pra casa, hein?", a voz em minha cabeça diz.

— Não se anime, é apenas temporário. — falei. A falta de convicção em minha voz me deixou envergonhado.

"Claro, claro...", ela retrucou, jocosa.

Findado o primeiro cigarro, combati a vontade de imediatamente acender outro.

"Bem-vindo de volta", ouvi, num tom quase afetivo.

Estava atrasado para um compromisso. Apanhei a carteira e as chaves.
O maço não precisei pegar.
Já estava em meu bolso.

Após anos como um veterano das guerras do fumo, percebo-me de volta às trincheiras.

Hello darkness, my old friend
 
Veterano das Guerras do Fumo

Aperto de Amor

 
Ainda te sei aqui amor,
Por entre vales de tortura e amargura,
Que me fizeste escrava da tua loucura,
Engolindo em cada beijo de despedida a dor…
De te ver uma última vez sedutor…

Ainda te sinto o cheiro da ternura,
Com que me aliciaste em noites de calor,
Para os lençóis caiados agora de bolor,
Choram a falta da tua procura,
E dos corpos que inflamavam da jura…

Marlene

Meu grande amor, estás distante e invisível...
Balas perdidas se encontram em peitos aliados
E últimos suspiros é o que mais tenho escutado...
Mas tenho a força que me dás, sou invencível!

Os nossos papéis são o meu único elo
Nesse mundo de sangue, suor e mortalha
Partilhas a corrente, amor, em pararelo
Sofrendo minhas dores em diferente batalha.

Eu volto, te juro, tenhamos paciência,
Creia comigo que a fé remove a montanha...
Enquanto me esperas, chorando a ausência,
Te sonho ao meu lado na cama de campanha.

Caio

Mais poemas em: http://algunsanosdesolidao.blogspot.com

http://ghostofpoetry.blogspot.com

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Primeiro da dupla Caio e Marlene.
 
Aperto de Amor

À margem de mim

 
À margem de mim
 
Do pouco que me conheço
Não sei se lembro ou esqueço
Tudo aquilo que já fui
Nem sei se o sangue é espesso
Mas sei que em mim já não flui

Trago nas mãos, impotentes,
Artroses, calos de vida
Deformações do presente
E um coração ausente
Que bate à margem de mim

Já não sei se a minha história
Alguma vez foi de glória
À sombra do que já fui
Sou o que resta de mim

Maria Fernanda Reis Esteves
49 anos
Natural: Setúbal
 
À margem de mim

Dilema de Amor

 
Dilema de Amor
 
Não encontro neste mundo
Nada além deste dilema
Da incerteza tamanha
De morrer com esta angústia
De não saber o futuro
Que te espera e me atormenta…

Enquanto choro escondida
Vertendo lágrimas de espera
Tu, meu filho, tão querido
És o tema mais sentido
A ode da minha pena

O teu sorriso que amo
Puro, na sua diferença
Deixo, assim, eternizado
Num coração esfrangalhado
No meu mais belo poema

Menção Honrosa
XVI Concurso de Poesia da APPACDM de Setúbal

Maria Fernanda Reis Esteves
51 anos
natural: Setúbal
 
Dilema de Amor

"Ensaio sobre a tristeza"

 
Uma voz no meu interior
me chama, de espada em punho.
uma insondável tristeza
arrefece-me as entranhas
a extática leveza do amor
já não existe
felicidade é ambígua
a escuridão da noite curva-se
a lua adoeceu ,a estrela morreu
e eu,aqui jazo,no sepulcro da vida
a morte, sólida,aproxima-se aos poucos
vinda do crepúsculo do sonho desfeito
hermeticamente apelando-me..
e aqui jazo,num abismo de cinzas
d'um vulcão extinto..
 
"Ensaio sobre a tristeza"

Momentos

 
Momentos
 
Não tem como negar

O que eu sinto agora

Já está no meu olhar

O que minha alma chora.

Mary Jun

Imagem Google
https://i.ytimg.com/vi/yQJpCLzFGnQ/maxresdefault.jpg
 
Momentos

DESILUSÃO!

 
DESILUSÃO!
 
 
DESILUSÃO!

by FatinhaMussato

A angústia da incerteza
Faz-me triste e solitária...
Como falar do amanhã
Se nem mesmo o hoje existe?

Se nem agora tenho
Razões para não estar triste?

Só a desilusão de saber,
Que tanto amei e não tive vitória,
Tanto amei e não fui feliz,
Faz-me sofrer e querer desistir!

INÉDITO
Jales (SP), outubro/ 2008 - segunda-feira.

Imagem: NET

Música: Printemps Nippon / Franck Thore
 
DESILUSÃO!

Quem já não e tão jovem sabe

 
Quem ja não e tão jovem sabe;
Que não se pode viver a vida,
Da maneira que se quer...

Quem ja não e tão jovem sabe.
Com aparência que se tem...
Ja não conquista quem se quer.

Agradece por ter vivido;
Chora o adolecente em sua atitude.
Se não fosse uma lenda,
Acharia a fonte da juventude.

Quem já não e tão jovem sabe...
Que com a falta de amor,só existirá odio e maldade.

Quem já não e tão jovem sabe...
Existem pessoas que nada pensam,
Nada se importa.
Quem já não e tã o jovem sabe...

Quem ama intensamente...
Não vive sò pela metade.

Quem já não e tão jovem sabe;
Que no brotar da experiência...
Nasce o aprendizado.

Quem já não tã jovem sabe...
Que o mundo de ontem,para hoje
Já está tudo acabado.

Parei para pensar os pensamentos de
Um velho vivido
Ao que está para viver.
Como o sábio
Rei Salomão,
Tudo e vaidade.

Pikeno poeta
Dia apòs dia preciso aprender
Como tenho aprendido enquanto estou jovem so arrependo de ter perdido a melhor parte.
 
Quem já  não e tão jovem sabe

Coragem

 
Coragem

Quando o meu fim estiver bem perto
Espero que o meu medo vá se embora
Na oportunidade quero estar tão certo
Que tudo será tão diferente d'outrora

Que esta minha fragilidade seja extinta
E não sinta a angustia que me devora
Que todo o mal do final que se pinta
Não venha me atingir na última hora

Que neste momento eu tenha coragem
E tudo seja diferente da minha imagem
Não havendo mais motivo pra timidez

E antes que me cubram com a mortalha
Eu só pedirei perdão por alguma falha
E que o meu medo se acabe desta vez.

jmd/Maringá, 04.05.16
 
Coragem

As duras penas

 
       As  duras  penas
 
Porque o castigo?
Será merecido?
Com o coração apertado
E com olhos pesados
O semblante sofrido

As duras penas
Que tenho passado
Sem que saiba o motivo
Será culpa de outra ,
Existência, fica agora a penitência

Valei-me Nossa Senhora!
Não sei onde errei,ou
Pequei, alivia portanto
Minhas angustias e, se
Puder quero ter a melhora.
Amém.
 
       As  duras  penas

Angústias e ciúmes

 
Alguém que minha angústia suporte
Que me tolera em toda desventura
É melhor que tivesse a própria morte
Que ter que suportar a minha loucura

Pois nunca tenho convicção de nada
Sempre existe algo que me tortura
Tenho ciúmes até desta tua risada
Que me dói como se fosse uma surra

Invejo a roupa íntima que tu veste
Pergunto até em que loja compraste
E até do teu aroma que a perfuma

E no delírio desta dor tão mesquinha
Para ter certeza que és somente minha
Faço perguntas sem nexos, em suma.

jmd/Maringá, 28.07.09
 
 Angústias e ciúmes