Textos : 

a sem-cabeça.

 


. façam de conta que eu não estive cá .







cortem-me à cabeça parte do coração.levem-me o pescoço, façam com ele uma fisga, lancem-lhe as entranhas.sigam pela noite dentro da cabeça funda, o sentimento. digam-lhe: adeus. depois: não vás. cortem-me a cabeça, lancem-na ao mar, que pense ele por mim, que me afogue o coração.












 
Autor
Margarete
Autor
 
Texto
Data
Leituras
967
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
5 pontos
5
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
JOSÉMANUELBRAZÃO
Publicado: 31/05/2010 19:29  Atualizado: 31/05/2010 19:29
Colaborador
Usuário desde: 02/11/2009
Localidade: Lisboa, PORTUGAL
Mensagens: 7775
 Re: a sem-cabeça.
Ahhhhhhhhhh

Eu o ZÉ quero-te inteira como te conheci no sábado dia 29!

Ri com riso saudável do teu texto muito original!

Beijo do ZÉ

Enviado por Tópico
Margarete
Publicado: 31/05/2010 19:40  Atualizado: 31/05/2010 19:40
Colaborador
Usuário desde: 10/02/2007
Localidade: braga.
Mensagens: 1199
 a sem-cabeça.
este texto é ridículo. aliás repito: este texto está ridículo. ainda assim hoje sem cabeça amanhã sem coração. é como me parir a noite hoje. às segundas costumo matar a parte de mim que mais me dói, às terças só, quartas também, quintas pior. um dia ainda me chamarás: meu amor.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 31/05/2010 22:45  Atualizado: 31/05/2010 22:45
 Re: a sem-cabeça.
Cura-se na cardiologia acéfala crónica do amor poético.Também sou paciente. Interna-me no centro de saúde do mar. Talvez o amor salgue... e se preserve.
bjs
nuno

Enviado por Tópico
Caopoeta
Publicado: 01/06/2010 04:10  Atualizado: 01/06/2010 04:10
Colaborador
Usuário desde: 12/07/2007
Localidade:
Mensagens: 1988
 Re: a sem-cabeça.
escuta:
o que as flores naturais dizem ao corpo
sem cabeça no desespero
e saúda as que pelos cabelos mais belos
tocaram as suas mãos nuas
-a idade da cabeça sem corpo
sazonada
a desconstrução do pensamento
martela as estrelas,nossas
folhas nos dedos
que se deitam sem pálpebras acesas
com os poros dos meses

envoltas-te
ilusão tocando sangue das raízes,
como és bela!
decerto:
falamos a mesma língua dos homens cheios
os que queimam neve ,lembrei-me
da cidade que caminha nos teus sonhos,
nossos também,
dos pulmões a cabeça faz parte.