Lembras-te da última vez? Do momento
Em que fomos, mas já não regressámos;
E num abraço nos distanciámos;
Lembras-te? Foi o teu esquecimento.
Pode ter sido eterno o fim e lento
O sofrimento que não ignorámos,
Em cada mão o adeus que não sonhámos,
Quando era essa verdade um fingimento.
Não sei quem te abraçou nem quem tu viste,
Dizes tu que foi numa tarde triste?
Talvez venha o demo em sonho lembrar-me…
Não foi de mim que então te despediste,
Não recordo, não posso recordar-me,
Se ali pequei, de que posso queixar-me?
29 de Fevereiro de 2012
Viriato Samora