Dezembro e seus rigores invernais,
Outro coração que ao relento adoece,
Ao frio um sentimento que arrefece,
O mundo dividido nos umbrais.
Chorando a chuva lágrimas banais,
A criança feita homem, feita prece,
A esperança que no céu resplandece,
A farsa que se vive nos Natais.
Um pobre pobrezinho, um farrapinho,
Indagando o porquê do seu destino,
Que sorve o caldo a cada badalada…
Coroou-o com coroa de azevinho,
O homem que renasceu sempre menino,
Para o pobre reinar só, sobre a geada.
20 de Dezembro de 2010