Sonetos : 

Sim, li, nunca mo disseste por medo

 
Sim, li, nunca mo disseste por medo,
Vergonha, ódio, nunca indiferença,
Que bem me leva a crer neste degredo,
Onde eu achei amor, tu viste a doença.

Não creias ver nas palavras bruxedo,
Nem em pobre soneto grande ofensa,
Forte foste, mas no humano arvoredo
Escondes a tua abjecta presença.

Infinito esse amor, mas cabe aqui,
Na dimensão destas estrofes loucas,
Como sangue que me sai às golfadas…

Parte da vida te quis e descri,
Depois de me açoitarem tantas bocas,
Renasci com as tuas punhaladas.

21 de Junho de 2009

 
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ViriatoSamora
 
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