Círculo de Deuses - capítulo 5 Quando os deuses foram ao circo
No dia em que os deuses se encarnaram na mesma pessoa
O circo visitou o “olimpo” onde eles habitam
E perante tantos humanos ficaram um pouco á toa
Então os palhaços que vêm eles imitam
Imitam-nos com tremenda facilidade
Pois em cada um deles permanece escondido
Um enorme palhaço de verdade
Embora d'entre todos, seja ele o mais comedido
Começaram então os palhaços a atuar
E logo os deuses cerraram fileiras
O palco então souberam partilhar
E assim se desenrolaram as mais mundanas brincadeiras
Entre provocações e armações
Reina a boa disposição embora que disfarçada
Os deuses também aprenderam lições
Embora que tenha sido na palhaçada
Espetáculo que parece que não cessa, é infinito
Mas a tal já estou habituado
Pudessem os deuses e fariam disto rito
E ao espetáculo assistiam sem nada terem acrescentado
Como o espetáculo era de grande magnificência
Os deuses apenas se limitaram a assistir
De pronto disseram com eloquência
Que a todos os espetáculos da terra hão-de sempre vir
Mesmo sendo deuses, todos gostam de viver a sua humanidade
E entre eles se sentem acolhidos
Mais encarnações vindouras na futuridade
Em que não aparecem as feras, os seres temidos
Coração Louco
Sou poeta, não quero fama nem glória
Sou poeta, quero honra e lealdade
Apenas busco construir a minha história
Apenas amigos de verdade.
Sou poeta, mas por vezes nem consigo escrever
Quando chega a noite, o vazio a escuridão
Naqueles dias em que só me apetece morrer
Lembro-me eu do nome que trago gravado no meu coração
Por vezes ter coração bom não basta
É preciso que a cabeça acompanhe o movimento
Por vezes é preciso deixar de ser aquele que a todos afasta
É preciso abrir a mente a algo chamado sentimento
Ai ai coração louco
Louco, sem razão, sem explicação
Mal é que ás vezes transformas tudo em tão pouco
E tão pouco transformas em paixão
Até para um fala barato (como eu) é impossível explicar
Até para um aldrabão (como eu) é impossível mentir
Impossível este coração louco controlar
Impossível de controlar mas capacitado de tudo sentir
Tela em branco
"Tela em branco... Assim fica meu pensamento
Qundo meu coração me atraiçoa e mostra meu mais puro sentimento''
"E sim contínuo a possuir um imenso tesouro,
aquelas loucuras vividas que p'ra mim valem mais que ouro(€€€)"
Teatro dos sonhos
13 de fevereiro de 2015 o dia em que meu sonho beijou a minha realidade
58 kilómetros de uma ansiedade como nunca antes eu sentira
Sonho que quando o concretizei nem parecia verdade
Ao chegar a casa pela VCI
Vislumbrei a cobertura que tanto esperava
O arrepio que na pele logo senti
Ia eu ver o clube que tanto amava
O bilhete que quase não se encontrava
E pensei que já não ia ser nesse dia
Que ia ver o clube que tanto amava
O clube que me faz acreditar em magia
O bilhete que depois se encontrou
E fiquei de novo com ansiedade
Meu coração que logo rebentou
Mas não foi de paixão, foi de amor de verdade
Porta 7 e a ansiedade que não acalma
O torniquete o último passo pa' mais uma história
O sentimento que guardarei sempre em minh'alma
E uma das principais histórias de minha memória
Entrada 8 e o coração cada vez mais aflito
Dois passos á frente o meu "teatro dos sonhos"
Chorei nesse momento admito
E durante o aquecimento,
Disse o Costa: capitão 'tá tudo bem?
Digo-lhe eu: não digas nada, deixa-me aproveitar o momento
Momento em que entrei num mundo de magia
Momento único e só meu
Momento mágico que tanto eu queria
E parece que foi ainda ontem que aconteceu
Por aquela magia me senti extasiado
Senti-a a bater forte no coração
Magia que por ela continuo apaixonado
Não fosse ela, a magia da bancada do dragão
Finalmente veio aquela marcha triunfal
E nunca senti tanto orgulho em minha vida
Marcha que "diz a gente o que é ser nobre e leal"
Marcha sem igual, marcha querida
A bola finalmente começa a rolar
E eu ansioso por deitar cá p'ra fora tudo aquilo que naquele momento sentia
O MÁGICO PORTO tinha que marcar
Sentir um golo naquelas bancadas, tudo o que eu mais queria
Camisola 8, Brahimi rematou
E aconteceu a minha lembrança preferida
O PORTO finalmente marcou
O golo que mais festejei em toda a vida
Golo que ofusca completamente os 3 que festejei na Alemanha
Ou o penalti do Pedro Emanuel no Japão
Que forma de te amar tão tamanha
Que forma de te amar meu PORTO, oh clube do meu coração
Apaixonei-me por ti por causa de tuas glórias
Comecei a amar-te quando me ajudaste a sobreviver em momentos complicados que passei
Todas as tuas glórias são minhas vitórias
A única certeza que tenho nesta vida é que eternamente te amarei
O amor que ontem por ti sentia
E uma décima do amor que hoje sinto
O amor que hoje por ti sinto
É apenas uma milionésima parte do amor que sentirei amanhã!
Eu não sou perfeito nem eterno, mas o meu clube é!
O VERDADEIRO SÁBIO
Antigamente pensava que felicidade era o ouro...
Usei de tudo para o conseguir obter...
E encontrei um coração que é um verdadeiro tesouro
Mas também esse acabei por perder.
Se por alguns meses andei por aí a sorrir
Foi desse coração que veio o meu alento
Tantos copos, e a tanto tempo que já não sabia o que era me divertir...
Agora soprou-me o vento e fiquei aqui ao relento.
Bom coração que tentou iluminar o meu
E isso eu não soube valorizar
Disse-te que o que era meu era teu
Mas não partilhei aquilo o que meu coração queria verdadeiramente falar...
P.S. Obrigado pelo que me fizes-te aprender, obrigado por teres estado a meu lado quando eu mais me senti sozinho, obrigado por muitas vezes teres engolido o teu orgulho só para às vezes eu fazer o que me apetecer. OBRIGADO por me mostrares que os €€€ podem valer muito, mas não valem nada comparados com as pessoas de quem gostamos e dos momentos que vivemos com elas.
Círculo de Deuses - capítulo 6 Deuses no circo chinês
Como a fama dos espetáculos da terra em todo o universo ecoa
De novo á terra uma comitiva voltou
Domine sanguis, Debulosumque Fumum, Vinum Dominus e Rex Rapinam todos na mesma pessoa
Com tremendo espetáculo a quadriga exultou
Artistas principais dois irmãos chineses
Cada um abençoado por uma divindade diferente
Irmãos parecidos que parecem gatos seameses
Embora as disputas entre eles seja coisa frequente
Começa de pronto a humurista em tom sarcástico
E logo os deuses começam a sorrir
Numero esse, deveras fantástico
Todos de pé a aplaudir
Espetáculo baseado na vida do génio da lâmpada fundida
Em que os deuses reconheceram o seu código
Sua arte pelos deuses é deveras enaltecida
Irmã mais nova e dos pais “o filho pródigo”
De seguida se perfila o irmão bestial
E logo os deuses ficaram em espanto
Tanta alegria num show madrugador não é normal
De tanto gostarem os deuses, fizeram dele um santo
“Filho pródigo” sua irmã, e ele fica desgosto
Mas sua arte é deveras impressionante
Dizendo isto os deuses, em tom xistoso
Quando se juntam criam arte estonteante
Indo embora depois da brilhante atuação
Os deuses á terra juram voltar
Para o limbo partem pelo calçadão
Levando um espetáculo que sempre irão recordar
Meus olhos
Trago sangue nos olhos
E trago conflito no olhar
Fúria, raiva, tenho-as aos molhos
Incerteza, desilusão, onde vai isto parar?
Não vivo para ser notado
Vivo para me aperfeiçoar
Aperfeiçoando-me assim, apesar de continuar inacabado
E acabo-me, são muitas "frentes" onde lutar
Trago paixão nos olhos
E trago amor em meu olhar
Desejo carinhos, quero-os aos molhos
Só me faz é falta, pa' puta da vida acordar
Não vivo para ser sorrateiro
Aproveito cada segundo como o último instante
Vivo sim, para que seja verdadeiro
E vivo-o porque é puro e não abundante
Trago loucura nos olhos
E trago insanidade no olhar
Não procuro discussões, tenho-as aos molhos
Procuro um sonho, para com ele meus sonhos realizar
Que a distância entre o querer e o merecer fosse menor
E certamente até ao sol eu voaria
Conhece-se eu, seu plano ao pormenor
Que em seus raios p'ra sempre eu viveria!
A velha coruja
A velha coruja, voou e voou
E não mais se ouviu falar dela
A velha coruja, que disse: "tenho orgulho em ser quem sou''
Mas mais do que isso um murmúrio um pouco fatela
A velha coruja que vidas estagnou
Afinal pairava um falcão acima de si
A velha coruja que a todos enganou
Mas o falcão não deixou e transformou essas vidas como eu nunca vi
A velha coruja, agora cega, surda e muda
Que já não sabe para onde voar
A velha coruja agora menos peituda
Menos peituda, pois já não sabe onde pode poisar
Queria a velha coruja saber
Como tornar uma vida a caneta numa a lápis
Queria a velha coruja conhecer...
Conhecer a rota para poisar no ''poleiro'' que sempre quis.
P.S. I will never forget your smile, your happyness, your lips, I WILL NEVER FORGET YOU
Vida em filmes
Tudo dito
Nada feito
Tudo sonhado
Nada realizado
Tudo escrito
Nada de importante dito
Sim um palhaço, um paspalho
Por vezes armado em diva do cinema
Merecia era ir ''pó caralho'
Se morresse longe findava-se o problema
Dignidade, humildade perdida
Em atos de profunda euforia
Eu o génio da lâmpada fundida
Numa merda de obra de minha autoria
Obra nunca lida
Autor nunca citado
Falácia do tempo, reviver em ''loop'' o passado
Obra de MERDA, obra da minha vida!
'Tá na hora
Por erro meu sempre aceitei o que a vida trás
Mas mesmo assim vivo num mundo de ilusão
Só queria que me mostrasses como é viver em tempos de ''paz''
Mas acabei de me esborrachar, ''atropelado'' por um camião
Tudo em mim desabou
Mesmo antes sequer de ter começado
E não acredito que de novo no fundo do poço estou
Fodasse, puta que pariu sou mesmo ''retardado''
Vivo num mundo de ilusão
E já nem sei o que é mentira e o que é verdade
Mas quero luz... 'tou farto da escuridão
Só quero ser eu, sem truques, sem esquemas, sem maldade
Malditas tecnologias e malfadadas redes
Onde as abro e fico em desassossego
Aqui por trás destas quatro paredes
Pesquisas incessantes, e fico á proucura de aconchego
Mas é a vida, o que é meu espero 'tar guardado
Mas é a vida, colho o que semei-ei lá atrás
Segue a vida e eu fartinho fartinho fartinho de 'tar enclausurado
Segue a vida, espero um dia saber o que é paz
Lição derradeira
Lição crua, dura e fria
Sou mesmo burro, não aprendi á primeira
Toldado pela ilusão vi tudo, onde nada havia
Farto até da puta da poesia
Sou um bandameco sem sorte, sem norte
Quero viver uma vida real e por de lado a de fantasia
Juro que nunca mais escrevo nem mais uma linha até á hora da minha morte!