Prosas Poéticas : 

-Finalmente amor!

 
Tags:  amor    prazer    ternura    paixãp    doçur  
 
Open in new window



Sigo a corrente do teu corpo, como rio que se deixa levar, por entre montes e vales, contornos que me ofereces na nudez pura da tua própria alma. Sigo as letras que escreves, em cartas nunca enviadas, onde o prazer se deita sobre o papel, como corpo despido sobre o leito. Leio nos teus poemas, as frases de amor que nunca escutei de tua boca. Vejo em teu rosto a alegria que sempre te conheci, mesmo antes de te ver a ti.

Páginas de vida fluem rumo ao mar onde te fazes mulher, sentido intenso, desejo imenso. Aqui sentado na praia da vida, olho o horizonte, onde os sonhos se colam à realidade, onde o mar se encontra com o céu. Sinto na brisa o teu canto, som de uma voz que desconheço, que carrega na melodia as letras que sempre me escreveste.

Tenho saudades do teu beijo, da doçura de uns lábios que não conheço. Tenho saudades da tua letra, impressa nas cartas que nunca me escreveste. Tenho saudades do perfume do teu corpo, que nunca senti como meu. Parece impossível saber, sentir, ou mesmo sonhar como és, sem nunca te ter feito minha, mas a realidade é que muitas vezes o sonho trás a nós as memórias de vidas que já esquecemos.

Espero-te, quando o tempo chegar ao fim, quando o dia houver terminado, quando a vida for capaz de trocar a realidade por um pedaço dos sonhos. Nesse instante, tomar-te-ei em meus braços, afagar-te-ei o cabelo e te direi "-Finalmente amor!"

 
Autor
Noite
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1457
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Tália
Publicado: 25/03/2008 17:46  Atualizado: 25/03/2008 17:46
Colaborador
Usuário desde: 18/09/2006
Localidade: Lisboa
Mensagens: 2489
 Re: -Finalmente amor!
Mandei-te frases com o vento...
Escrevi nas nuvens do teu céu...

Mandei-te sons de ternura pelos cantos dos pássaros..

Pena nunca teres ouvido as palavras que te entrego...

Desculpa a ousadia, mas gostei de+ desta prosa poética.

Beijos