Meu povo de esperança feita credo,
Sonhos vivos em mil guerras travadas,
De hemisférios e rotas cruzadas,
De poetas cantadores em segredo.
Onde estás não te chegam as estradas,
Vives solipso com teu fiel medo,
Deste futuro tão perto e tão cedo,
Pátria, que tens as almas curvadas!
Essas que roubaram o til ao não,
Devolveram-no às ondas do mar
E na barcaça foram navegar…
Séculos em espadas a sangrar,
Dá a teus filhos por ti idos a razão,
Que nunca o teu existir será em vão.
13 de Abril de 2010