Acinzentados, despertos, olá!
Um dia carimbado, um céu mundano,
Pai que sou e não ouço em mais um ano,
Atento a ti, alguém o saberá?
Não é por ser hoje, deixem-me cá!
É por todos os dias em que te amo,
Errando embora e atrás de desenganos,
De eterno não sei; pudesse oxalá…
Jaime, sei que não és de fáceis rimas,
Mas já viste a beleza que há no esforço,
No que não vês, no canto mais esconso?...
Estriba-te em mim, agarra-te às crinas
Do tempo, gritando ao vento sem dorso,
Eia! Eia! Patinho Mariconço!
19 de Março de 2013
Viriato Samora