Era um nada que se desconhecia,
Oculto, sabia-se que existia,
Provinha das entranhas, como a azia,
E pelo tórax subia, subia…
E esse nada, grande nada que moía,
Que nem um banal nome merecia,
Sempre frio num lenho que fervia,
Doutorou-se na sua ontologia.
A Última Dor Do Peito Que Sofria,
Foi tese defendida com mestria,
Que em qualquer canto se lia e relia…
Numa noite, então, daquelas sem dia,
Veio um maior nada, uma sua cria,
Ensinar como tudo se perdia.
25 de Novembro de 2010