Austera é a face que te sorri,
O sobrolho que se franze e amedronta
A tristeza de mal caber em ti,
O gesto da mão que afaga e aponta.
Não sabes que ao nasceres, renasci,
Espiga ceifada que ao sol afronta,
Nessa altura logo então te escrevi,
No sopro duma vida que desponta.
Não há verso para o meu bem-querer-te,
E mesmo a frase que busco dizer-te,
Do sentimento está a anos-luz distante…
Por isso em girino quis promover-te,
Capitão, meu capitão-comandante,
Da vida que te chama e está expectante.
20 de Julho de 2011
Viriato Samora