Estava sentado na areia
Olhos fixos no horizonte
A Lua bonita e cheia
Corria por detrás do monte.
A noite estava estrelada
O vento subia a montanha
A água parecia parada:
Cristal que ninguém arranha.
E viaja o meu pensamento
Eleva-me para outro canto
Por terra que me traz alento
Que enche meu peito de encanto.
E finjo que está comigo
Que está no meu colo a sorrir
Chamando-me de amigo,
De amante, de grão-vizir.
E finjo que ainda me ama
Que beija a boca minha
Que ainda é minha rainha
Que em noites frias me chama.
Do nada a noite se acaba
O Sol ascende no sudeste
Eu choro a falta da amada
E o anel que nunca... Me deste.
Gyl Ferrys