Sonetos : 

Carpem-me róis de hipócritas lamúrias

 
Carpem-me róis de hipócritas lamúrias,
As cinzas brotam da terra madrasta,
Faz-mas o fogo que tudo devasta,
Até o amor nas pontas das injúrias.

Ah! Prazer, que és um verme que se arrasta,
Pelos becos dos peitos das centúrias,
Poderoso e implacável como as Fúrias,
Dás choro ao riso de quem não diz… Basta!

Há que fugir, buscar couto no Olimpo,
Dos mortais deuses que sem ler souberam
Pôr-te ao lado do fado que me deram...

Tantas dúvidas e enganos imperam,
Formas disformes num céu que era limpo,
O tal com quem e por quem me garimpo.

01 de Julho de 2010

 
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ViriatoSamora
 
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