Sonetos : 

Penso-te, logo sou, desconhecido

 
Penso-te, logo sou, desconhecido
neste ser mortiço a que dás alento,
Dos baixios tristes donde me ausento,
Talvez mais vencedor do que vencido.

Penso-te, logo sou, arremetido
às vagas colossais do linchamento,
Aos castigos mais cruéis do relento,
Com poções bebidas a sós contigo.

Penso-te, logo sou, nesta loucura,
Rosto sardento emprestado à ternura,
Onde toda a tristeza se desgraça…

Penso-te, logo sou, bem que perdura,
O desejo no beijo que se abraça,
Que sejas toda um tempo que não passa.

06 de Fevereiro de 2023


Viriato Samora

 
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ViriatoSamora
 
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