Terra inóspita, terra quente e brava,
Terra crua, terra fria e florida,
Terra da alma que baixinho chamava,
Terra de quem não tem terra na vida.
A saudade esperançada picava,
À memória vinha de fugida,
Unidas num corpo que se entregava
À terra do repouso, da partida.
Não te vejo, mas estás neste canto,
De amor tanto que não o sei dizer quanto,
No afago em que te evoco, berço meu…
Dou-me à terra e da terra me levanto,
Faço ver a Deus que o céu não é o seu;
O céu é nosso, a terra é de Viseu.
09 de Dezembro de 2013
Viriato Samora